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OMS recomenda uso do “Aedes aegypti do Bem”

Por Comunicação Social / Publicado em 21/03/2016
Tempo de leitura: 4 minutos.

A OMS (Organização Mundial da Saúde) publicou na sexta-feira, 18 de março, uma recomendação de uso do “Aedes aegypti do Bem” como alternativa ao combate ao mosquito transmissor da dengue, chikungunya e Zika vírus. A recomendação integra as conclusões do Grupo Consultivo de Controle de Vetor (VCAG, na sigla em inglês), que se reuniu nos dias 14 e 15 de março para discutir o uso de novas ferramentas de controle de vetor em face ao surto de Zika na América Latina.

Em conjunto com a recomendação do uso piloto do “Aedes aegypti do Bem” sob condições operacionais, o VCAG afirmou que a abordagem na luta contra o mosquito Aedes tem de mudar de reativa para sustentável e proativa. Em seu comentário, o VCAG também observou a necessidade de melhorar “a qualidade e extensão da implementação das intervenções para controle do vetor com o intuito de garantir o máximo impacto tanto dentro do contexto de uma resposta imediata ao vírus Zika quanto, de forma mais ampla, contra todas as doenças transmitidas pelos Aedes”.

Para o prefeito de Piracicaba, Gabriel Ferrato, a recomendação da OMS indica que os estudos com o “Aedes aegypti do Bem” realizados desde abril do ano passado demonstram o pioneirismo do município. “Desde que iniciamos nosso mandato, uma de nossas principais preocupações foi a busca de alternativas para combater o vetor da dengue e por isso fomos atrás desse mosquito geneticamente modificado como alternativa. A posição da OMS demonstra que estamos no caminho certo”, disse Ferrato.

Recentemente, a Administração de Alimentos e Drogas dos Estados Unidos (FDA, na sigla em inglês) publicou sua conclusão preliminar de Resultado de Impacto Não Significativo Finding Of No Significant Impact, FONSI na sigla em inglês) sobre o uso do “Aedes aegypti do Bem” para um teste em Florida Keys (Estados Unidos). A publicação concluiu que o teste de campo dos mosquitos “Aedes aegypti do Bem” em Key Haven, no Estado da Florida (EUA), não irá resultar em impacto significativo no ambiente.

PIRACICABA O “Aedes aegypti do Bem” é utilizado em Piracicaba desde o dia 30 de abril de 2015, quando teve início a soltura do mosquito geneticamente modificado da Oxitec na região dos bairros Cecap/Eldorado, em caráter experimental. Após dez meses do projeto, a tecnologia conseguiu reduzir o número de larvas do Aedes aegypti selvagem na área tratada em 82%.

Diante do sucesso do uso da tecnologia, o projeto será prorrogado no Cecap por mais um ano e ampliado para a região central do município, abrangendo uma área com 60 mil habitantes, durante dois anos. A expansão do uso do “Aedes aegypti do Bem” em Piracicaba irá trazer ainda uma biofábrica da Oxitec no município, com a geração de mais de uma centena de empregos e investimentos de milhões de reais.

O OX513A tem liberação de uso pela CTNBio (Comissão Técnica Nacional de Biossegurança), que considerou o mosquito inofensivo para a saúde humana, animal e ao meio ambiente, desde abril de 2014 e aguarda um posicionamento da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para comercializá-lo.


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