Membros do júri durante a seleção das obras
O 4º Salão de Aquarelas – Piracicaba (SAP), realizado pela Secretaria da Ação Cultural e Turismo (SemacTur), já definiu os trabalhos selecionados e premiados que ficarão expostos na Pinacoteca Municipal Miguel Dutra, a partir da abertura, marcada para o dia 1º de junho, às 20h. Foram escolhidas 99 obras de 64 artistas inscritos.
Nesta edição, 448 obras assinadas por 118 artistas de todo o Estado de São Paulo, além de aquarelistas do Paraná, Bahia, do Rio Grande do Sul e Santa Catarina foram inscritas. Os prêmios e o certificado de participação serão entregues durante a abertura do salão.
“Muitas cidades realizam exposições de aquarelistas em coletivas ou individuais, mas com o conceito competitivo, regulamento, inscrição, seleção e premiação, o Salão de Aquarelas de Piracicaba é inédito e exclusivo”, contou a secretária da Ação Cultural e Turismo, Rosângela Camolese.
As obras premiadas foram definidas pela Comissão de Seleção e Premiação composta pelos artistas catálogados: José Andrea de Almeida, do Rio Grande do Sul; Marco Aurélio Namura, de Mogi das Cruzes e Paulo Sérgio Jardim Branco, de Campinas.
Para o júri, o SAP atingiu uma boa qualidade de obras inscritas. “Os trabalhos com estilos bem diversificados, superaram as expectativas. Encontramos obras do contemporâneo, abstrato, figurativo”, comentou Paulo Branco.
O Prêmio Aquisitivo de Piracicaba será entregue aos artistas: Marco Antonio, com a obra Chevrolet 49; Marcos Rogério Sabadin, com Sr. José; Renato Palmuti, com Buenos Aires – Bairro Chino.
A artista Dulce Penna, com a obra Rua do Fogo – Paraty; Maria Rita, com Fernando Alfarero; Ari de Góes Jr., com Papaquara do Jurerê; receberão o Prêmio Aquisitivo Unimed. O Prêmio Aquisitivo Bauhaus Brasil foi conferido à Patrícia Vargas, com Arroio do Sal; Talita Hayata, com Da feira; João Paulo de Carvalho, com Transitório II.
O Prêmio Capa foi para Cléo schulze, com Rua do Fogo. O Prêmio Koralle por sua vez foi para Avelino, com Cachoeira do rio Piracicaba I, enquanto o Prêmio Pintar será entregue para Mariana de Lima Rezende, com Feirante, Quatro mulheres e Mercado Municipal.
A Medalha Miguel Dutra ficou para Renato Palmuti, pelo conjunto da obra: Buenos Aires – Bairro Chino, Buenos Aires, com Idas y Venidas e Buenos Aires, com El Jardin Japones. O Prêmio Companhia do Papel foi conferido à Laky Gatti, com a obra Amigos.
Também foram conferidas menções honrosas a cinco artistas: Nikolaus por Alameda dos Ipês; Fábio Eugênio, com O bilheteiro; Roger Vianna, com Sítio das Colinas; Carlos Medeiros, com a obra Olhares no centro de São Paulo I e Roni Kane, com Marcas de sol.
O Salão de Aquarelas de Piracicaba foi criado em 2015 em homenagem à Miguel Archanjo Benício D’Assumpção Dutra, o Miguelzinho Dutra, – precursor do aquarelismo e o primeiro artista da cidade a levar seu cavalete para áreas livres, retratando paisagens na técnica que hoje se chama pleinair. Outra razão foi determinada dentro do Salão de Belas Artes que anualmente recebia um grande número de trabalhos nesta técnica.
ORIGEM ORIENTAL – A aquarela é uma técnica que surgiu na China há mais de 2.000 anos, e se supõe esteja relacionada com a invenção do papel e dos pincéis de pelo de coelho. No ocidente é divulgada desde a Idade Média por Tadeo Gaddi, discípulo de Giotto, que teria produzido desenhos aquarelados feitos sobre papel tipo pergaminho até 1366.