Piracicaba apresenta número recorde de acidentes e mortes, a conclusão é de um estudo efetuado por engenheiros e técnicos da Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes – Semuttran. A Pesquisa de Fluxo de Veículos revelou que nunca ocorreram tantos atropelamentos e acidentes, com vítimas leves e fatais, provocados pelos avanços de sinal vermelho e outros tipos de imprudência.
A Pesquisa vem sendo realizada desde maio do ano passado nos principais corredores da cidade, incluindo as avenidas Independência, Luciano Guidotti, Cássio Paschoal Padovani, Armando de Salles Oliveira, Presidente Kennedy e rua Dr. Paulo de Moraes, entre outras localidades, num total de 41 cruzamentos e vias expressas, por onde passam cerca de cinco mil veículos por dia.
O resultado da pesquisa aliado a um estudo comparativo possibilitou aos técnicos da Semuttran efetuarem um perfil detalhado sobre o trânsito de Piracicaba entre os anos de 2000 e 2005, que chegou a surpreendente conclusão de que enquanto a população cresceu apenas 1,38% e a quantidade de carros, caminhões e motos trafegando caiu para 1,61%, o volume de acidentes foi estimado em 14,11%.
O corredor com maior número de acidentes é o cruzamento da avenida Armando de Salles Oliveira com a rua XV de Novembro. Nesse trecho, 33 pessoas foram vítimas de atropelamentos, 15 a mais que as 18 ocorrências verificadas em 2004.
Com o aumento dos casos, a fiscalização foi reforçada, mas o que se nota é muita gente insistindo em passar no sinal amarelo. Na cidade, funcionam cinco radares de avanço de sinal e quatro fixos. A Secretaria não pretende ampliar o número de máquinas sem critérios mas, com os acidentes em elevação, os engenheiros já estudam a possibilidade de promover um rodízio de equipamentos e intensificar as atividades de educação no trânsito e que visem à conscientização dos motoristas.