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Mostra na Pinacoteca apresenta reflexão sobre a cultura indígena

Exposição Terra terreno território, de Dani Sandrini, traz obras inclusivas sobre diversidade indígena, com visitação gratuita de 13/12 a 22/03

Por CCS / Publicado em 11/12/2025
Tempo de leitura: 4 minutos.
A mulher sorri para a câmera enquanto segura uma moldura com folhas secas. Ela está em pé em frente a um grande painel marrom com texto amarelo escrito nele. Há também uma exposição de arte com mais painéis ao redor dela. O chão é de concreto e a iluminação parece ser artificial.
Dani Sandrini apresenta obras com reflexão sobre a cultura indígena

A Prefeitura de Piracicaba, por meio da Secretaria de Cultura, realiza na Pinacoteca Municipal Miguel Dutra a exposição Terra terreno território, que reúne obras de temática indígena da fotógrafa e artista visual Dani Sandrini. Com entrada gratuita, a temporada de visitação começa no sábado, 13/12/25, e segue até 22/03/26, com 34 obras, piso tátil, audioguia, nove obras táteis e 20 obras com audiodescrição, além de vídeo de 19 minutos com depoimentos de vários indígenas e da artista com legenda e tradução em Libras.

A mulher, vista de costas, está em uma exposição, ajustando um quadro com uma folha seca prensada. Ela usa uma camiseta cinza, calças de moletom cinzas e tênis brancos com detalhes azuis. O quadro, com uma moldura escura, está pendurado em um painel marrom, assim como outro quadro menor abaixo dele. Há outros painéis de exposição ao redor, alguns com textos informativos. O ambiente parece ser um museu ou galeria, com piso de concreto e iluminação artificial. Uma placa de "SAÍDA" está visível ao fundo, à direita.
Exposição na Pinacoteca Municipal será aberta no sábado, dia 13

A mostra Terra terreno território é apresentada em dois agrupamentos fotográficos nos quais a artista utiliza duas técnicas artesanais de impressão fotográfica do século XIX, propondo uma reflexão sobre o indígena em grandes cidades, no século XXI. No primeiro, um processo chamado antotipia – técnica que utiliza pigmentos vegetais como material fotossensível –, a impressão é feita em papéis sensibilizados com pigmento extraído do fruto jenipapo – que muitos indígenas usam nas pinturas corporais.

No segundo, pelo processo de fitotipia – técnica que utiliza a própria clorofila como agente para produzir a imagem –, as imagens são impressas diretamente em folhas de plantas como taioba, singonio, mandioqueira, helicônia e guiné. Ambos os processos se dão através da ação da luz solar, em tempos que variam de três dias a seis semanas de exposição. “Todas as imagens de Terra terreno território foram captadas durante o ano de 2019 em aldeias indígenas da cidade de São Paulo, onde predomina a etnia Guarani, e também no contexto da metrópole, onde vivem indígenas de aproximadamente 53 etnias”, destacou Dani Sandrini.

Nesta exposição, a fotógrafa alerta para a necessidade de compreender a cultura indígena para além dos clichês que achatam a diversidade do termo. “A intenção é exatamente oposta, é desachatar, lembrar que muitos indígenas vivem do nosso lado e nem nos damos conta. Já se perguntaram o porquê dessa história ter sido apagada?”, comenta Dani, que durante o projeto fotografou – na região metropolitana da cidade de São Paulo – pessoas indígenas de diversas etnias, oriundas de várias regiões do país, ora posando para um retrato ora em suas rotinas, suas atividades, seus eventos, rituais ou celebrações.

LÚDICO – A exposição já tem visitas inclusivas programadas para o próximo dia 17/12, quando dois grupos de jovens de 13 a 17 anos que integram o CAPS-IL (Centro de Atenção Psicossocial Infanto-juvenil) vão conhecer a Pinacoteca, apreciar a mostra além de participarem de atividade lúdica preparada exclusivamente para este encontro.

 SERVIÇO –Exposição Terra terreno território, da fotógrafa e artista visual Dani Sandrini. De 13/12/25 a 22/03/26, com visitação de terça-feira a domingo (incluindo os feriados), das 9h às 17h. A Pinacoteca fica no Armazém 14 A do Parque do Engenho Central (Av. Dr. Maurice Allain, 454, Vila Rezende); também com entrada pela Passarela Pênsil.


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