Secretaria Municipal de Defesa do Meio Ambiente – Sedema, em parceria com o Instituto Histórico e Geográfico de Piracicaba – IHGP inicia a partir desta data a restauração de 15 livros de registros de sepultamento do Cemitério da Saudade. Na tarde desta quinta-feira (11 /09) o primeiro livro foi entregue ao presidente do IHGP, Vitor Pires Vencovsky.

Este trabalho deve contribuir para preservar e garantir a memória da cidade. Nesta primeira etapa 15, dos 22 livros localizados com datas de 1872 a 1948 deverão passar por este trabalho de restauro.

Nestes livros constam as informações de todos os sepultamentos que ocorreram no Cemitério da Saudade. Por serem muito utilizados para consulta de muitos não estão em estão disponíveis para consulta, justamente por causa do seu estado de conservação.

Naquele cemitério estão sepultadas pessoas importantes para a memória não só da cidade, mas também do Brasil, entre eles: Prudente de Moraes, Thales Castanho de Andrade, Almeida Jr, Moraes Barros, Padre Galvão e Alfredo Cardoso.

O presidente do IHGP, Vitor Pires Vencovsky, falou sobre a necessidade deste serviço: “a restauração é necessária para que as informações não se percam e a memória da cidade se apague. O papel é muito frágil e foi deteriorado com o tempo. Isto acontece em função do manuseio, da poeira e outros fatores como o tempo, a umidade do ar, calor.

Vitor explicou que “para restaurar é necessário papel específico, além de produtos especifico para limpeza. No momento estamos montando a equipe e adquirindo os materiais necessários”.

Mas, além da preservação, este trabalho deverá auxiliar os interessados na busca por registros antigos. Luís Mazzero, chefe da administração dos Cemitérios explicou que a Administração do Cemitério é muito procurada para a busca de informações de família, para conseguir o documento de cidadania, levantamento dos registros de ascendentes e outras necessidades.

Os livros estão guardados e começam a ser retirados agora pelos técnicos. Segundo o presidente

IHGP, no final do processo, todas as páginas serão digitalizadas e estes livros serão guardados de forma adequada. Num segundo momento, estas informações deverão ser digitadas, em um banco de dados criado para consulta. Segundo Mazzero: “a ideia é que depois deste processo, as pessoas poderão fazer consultas e até tirar cópias de documentos, sem ter que ir até o Cemitério”.

Este trabalho teve início através de um convênio firmado entre a Secretaria e o Instituto, com base na Lei 7761 de 05 de novembro de 2013, aprovada pela Câmara. O prazo previsto para execução é de 12 meses, a partir de agora, com possibilidade de renovação. Com projeto orçado em $55.328,00, o trabalho deverá ser feito quatro técnicos e um supervisor.

Segundo Vencovsky, este convênio permitirá ainda que ofereçamos um curso de capacitação de técnicos para restauração. O número previsto de vagas não está certo, mas estima-se em torno de 10 pessoas. O presidente do Instituto esclareceu que estas pessoas não irão atuar neste projeto específico do Cemitério. A equipe será fechada este mês, já tem um número de profissionais fechado que deverão ser qualificados para o trabalho.