O Índice Breteau (IB), que revela se há risco ou não de proliferação do Aedes aegypti em Piracicaba, está próximo de zero. Mais especificamente, o IB é de 0,3. Apenas a região Norte fugiu do padrão das demais, registrando IB de 1,2. Mesmo assim, trata-se de uma situação dentro do controle. As regiões Sul, Leste e Oeste marcaram zero. O levantamento foi feito em janeiro pela Superintendência de Controle de Endemias (Sucen-Campinas).
De acordo com o IB, é possível saber a densidade de larva do Aedes e, assim, identificar a região que está mais vulnerável ao mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya. Para o coordenador do Programa Municipal de Combate ao Aedes (PMCA), Sebastião Amaral Campos, o Tom, trata-se também de uma ferramenta para orientar as ações de combate.
“Com o IB em mãos, podemos intensificar as atividades de foram inteligente, levando informações à população e retirando criadouros nas regiões mais afetadas”, explicou Tom. Segundo ele, o IB de janeiro é uma informação que traz alívio diante de tantas notícias preocupantes sobre as doenças transmitidas pelo mosquito, “porque mostra que a situação está momentaneamente sob controle e não há risco de epidemias”.
No entanto, Tom alerta para a necessidade de intensificar o trabalho de combate. “Não podemos descuidar. Nossas ações são intensas e acontecem diariamente”. Neste sábado, 18, das 8h às 13 horas, haverá ainda a ação semanal em parceria com o Governo do Estado 'Todos contra o Aedes', que contará com a cobertura da EPTV, dentro do 2º Mutirão Regional de Combate ao Aedes Aegypti, organizado pela emissora.
Mais de 100 agentes comunitário de saúde sairão às ruas, na região Norte da cidade, levando informações, retirando criadouros e aplicando larvicida, quando necessário”. Os bairros atendidos serão Mário Dedini, Bosque dos Lenheiros e Gilda.
Para o secretário de Saúde de Piracicaba, dr. Pedro Mello, a luta contra o Aedes precisa ser cada dia mais rigorosa, porque além da dengue, zika e chikungunya, o mosquito pode voltr a ser transmissor da febre amarela. “Os especialistas fazem esse alerta e não podemos descartar essa possibilidade de a doença chegar às áreas urbana, sob o risco de sermos pegos de surpresa. Por isso temos de endurecer nessa batalha”, enfatizou.
“O mais grave é o índice de letalidade da febre amarela, acima de 30% dos casos confirmados. Por enquanto, os mosquitos transmissores vivem em regiões de mata, e o que temos até o momento é a febre amarela silvestre. Mas a doença, caso o Aedes volte a entrar no ciclo de transmissão, pode se tornar urbana, o que não acontece desde 1942. Se isso acontecer, a saúde pública ganharia um inimigo muito perigoso. Por isso, o combate ao Aedes é fundamental, porque ele é um mosquito essencialmente urbano e predominantemente domiciliar”, concluiu.