O lançamento do Projeto Debate Hip Hop acontecerá neste domingo (09), no Teatro São José, a partir das 14 horas. A entrada é gratuíta. O objetivo do Projeto realizado pela Prefeitura, através da Coordenadoria da Juventude, é abrir espaços e dar oportunidades reais aos grupos, difundir a cultura Hip Hop e discutir com a sociedade os pré-conceitos que acompanham esta cultura. Durante o evento 10 grupos do município se apresentarão, das 14 às 22 horas. Já confirmaram presença a Família; DBS; Expressão Ativa; Helião do RZO; SP Frank; Ca.ge.be; O coordenador municipal da Juventude, Patrick dos Santos, explicou que o projeto começará com evento piloto que será realizado no mês de Setembro e estimulará a reflexão do tema através do debate buscando assim soluções para os problemas e discutirá políticas públicas de juventude a partir das demandas do movimento Hip Hop e também questões relacionadas às desigualdades sociais, educação, saúde, violência, drogas entre outros. Patrick dos Santos observou que “o projeto foi elaborado e vem sendo discutido a mais de um ano. Nesse período fomos buscar parceiros que acreditem que é possível mudar a realidade do hip hop em nossa cidade”. Ressaltou que depois de inúmeras articulações, “hoje temos condições de tornar o projeto real. No entanto a idéia é re-debater amplamente com as lideranças do movimento, os sustentáculos do projeto para que possamos realizar esta atividade como todas as outras de forma objetiva, democrática, otimizando recursos públicos e de forma que realmente beneficie a população jovem de nossa cidade”.
Saiba mais sobre hip hop
Hip-Hop não é só um estilo de música ou um modo de se dançar. É, principalmente, um movimento cultural,iniciado nos Estados Unidos, que fala sobre a cultura das ruas, dos guetos, miséria, policia, enfim, dos conflitos sociais e da violência urbana vividos pelas classes menos favorecidas da sociedade. É, sem dúvida, um movimento de reinvidicação de espaço e voz, traduzido nas letras questionadoras e agressivas, no ritmo forte e intenso e nas imagens grafitadas pelos muros das cidades. No Brasil, esse estilo mostra a realidade dos jovens negros e pobres de cidades grandes, como Rio de Janeiro e São Paulo, cantada (rap), dançada (break dance) e pintada (grafitti) nas ruas, numa forma de discussão e protesto que envolve o preconceito racial e a miséria dessa população discriminada, ignorada e excluída. O Hip-Hop, nesse sentido, é o grito que pede para ser ouvido, a fim de modificar a vida de jovens que, a princípio, parecem sem esperança e sem força para romper com essa realidade. Hoje em dia os rappers de verdade preferem o não-estrelato, ficando no meio Underground, enquanto as "estrelinhas" que destroem a cultura se vendendo pra mídia são Eminem, Akon, Snoop Dogg (antigamente nao era), Ne-Yo, Chris Bown, 50Cent, JaRule e entre outros que você escuta facilmente nas rádios. Esses artistas não levam conteúdo algum em suas letras, e muitas vezes acabam mentindo quando tentam melhorar. O ideal da cultura Hip Hop não é sexo, drogas e violência, é o grito dos desfavorecidos, é a voz do povo, é aquilo que você escuta e representa com fins de melhora com caráter revolucionário.