Amanhã (5), às 19h, acontece nas dependências do Sesc Piracicaba, à Rua Ipiranga, 155, Centro, o lançamento do livro “Trabalho de Criança Não é Brincadeira Não. Conforme a secretária do Desenvolvimento Social (Semdes), Maria Angélica Guércio, o livro aborda a questão tão importante e tão polêmica do trabalho infantil. Esta questão vem sendo amplamente discutida em Piracicaba, desde o dia 24 de maio último, a partir do lançamento da Campanha “Diga Não ao Trabalho Infantil”. O livro, adotado pela OIT – Organização Internacional do Trabalho como referência no tema, é de autoria de Rossana Ramos, doutora pela PUC/SP na área de língua portuguesa, professora universitária e diretora da Escola Viva da Cotia. Rossana Ramos estará presente ao evento para comentar seu trabalho. Referente à campanha local, a secretária informou que os munícipes têm respondido muito bem e têm entendido a proposta da campanha. “Não estamos tirando as crianças das ruas para que ninguém veja, muito pelo contrário. Continuamos precisando destes parceiros da campanha para dar continuidade às necessidades destes adolescentes e suas respectivas famílias”, completou Maria Angélica Guércio. De acordo com Maria Angélica é de extrema importância para o sucesso da campanha a contribuição da sociedade, não doando moedas nos semáforos, mas atuando na linha de ação, que permita poder colaborar com as famílias nas suas necessidades maiores. A secretária informou que a partir da campanha já é possível notar uma mudança significativa de postura das pessoas de modo geral e também houve uma redução da presença destes adolescentes em alguns pontos da cidade. Os trabalhos, segundo ela, deverão ser voltados neste momento para a Rua do Porto e alguns cruzamentos da cidade, onde tem havido maior presença de adolescentes nos finais de semana. Paralelamente, conforme Maria Angélica está sendo discutido o projeto de suporte que é o Recriando e o Centro de Atendimento Socioeducativo – Case, para ampliar o atendimento social decorrente de proposta modelo da campanha “Diga Não ao Trabalho Infantil”. A secretaria alertou ainda sobre a questão dos adolescentes fazendo panfletagem nas ruas. Enfatizou que são condições de trabalho inadequadas e esta atuação será discutida junto a Acipi. Citou a necessidade de uma atuação maior dos Conselhos Tutelares nessa questão, em Piracicaba e mais apoio do poder judiciário. Já a sociedade civil, segundo ela, poderá contribuir para coibir a exploração do trabalho infantil, apoiando materialmente algumas situações, abrindo espaços para trabalho do adolescente aprendiz, contribuindo a realização decursos de qualificação, participando da doação ao Fundeca – Fundo Municipal para a Criança e o Adolescente, entre outras ações.