Foi lançado oficialmente hoje, 21/06, o projeto social Reeducando com Arte, que contou com a participação do prefeito Barjas Negri, do juiz corregedor Luiz Augusto Barrichello Neto, do juiz da Vara do Júri e Execuções Criminais de Piracicaba, Luiz Antônio Cunha, e da diretora do Centro de Ressocialização (CR) de Piracicaba, Celeste Maria Varella Abamonte, representando a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP), além de secretários municipais e dos vereadores Gilmar Rotta e Pedro Kawai.

A proposta é uma parceria do Centro com a Prefeitura de Piracicaba, que garante espaço semanal no Varejão da Paulista, que acontece às quartas-feiras, onde as reeducandas poderão comercializar peças de artesanatos.

Nesta quarta-feira (21), o prefeito Barjas Negri destacou a importância da parceria, que contou com o apoio da Sema e também da Chefia de Gabinete. “É um trabalho de política pública, com o Poder Judiciário e a diretoria do Centro de Ressocialização, e um estímulo para que as reeducandas possam desempenhar suas habilidades manuais, realizar o trabalho de artesanato, ocupar mais o tempo e melhorar a auto-estima. E a Sema, que tem um projeto muito extenso de varejões, cedeu um espaço para que esses produtos fossem comercializados. Isso ajuda na complementação da renda dessas pessoas, que precisam ser reintegradas rapidamente à sociedade. Vamos fazer tudo o que for possível para a reinserção dessas pessoas na sociedade, dar a elas nova oportunidade”, ressaltou.

Segundo Celeste, as presas do Centro de Ressocialização Carlos Sidnes de Souza Cantarelli há muito tempo produzem peças dentro da unidade prisional e comercializam para conhecidos durante as saídas temporárias.

“O trabalho do artesanato já existia dentro da unidade. Elas (reeducandas) fazem isso há muito tempo. Mas nós não tínhamos um espaço adequado para colocar este trabalho e mostrar à sociedade, para elas conseguirem vender. Então, foi muito importante esta parceria com a Prefeitura de Piracicaba, de ter acreditado e valorizado o trabalho delas”, disse.

Com apoio da Secretaria Municipal de Agricultura e Abastecimento de Piracicaba (Sema), os artesanatos confeccionados pelas reeducandas serão vendidos no Varejão da Paulista. Peças como tapetes, panos de prato e toalhas estarão disponíveis e com preços estipulados pelas próprias artesãs.

O mais importante é que todo o valor arrecadado será convertido para o pecúlio de cada presa – uma espécie de poupança para quando ela sair em liberdade – tornando-se uma forma de geração de renda e contribuição para a reinserção na sociedade.

O juiz corregedor Barrichello Neto, além de destacar o apoio do Poder Judiciário ao projeto, disse que ele visa a ressocialização das reeducandas. “Esse trabalho reverte em benefícios para elas mesmo, que podem, no futuro, sacar estes valores sem prejuízo. Toda vez que elas trabalham – a cada três dias trabalhados -, ganham o benefício chamado remissão, garantindo, inclusive, a diminuição da pena em razão do trabalho”, afirmou.

Para o juiz Luiz Antônio Cunha, a parceria do Poder Judiciário com a Prefeitura de Piracicaba é “extremamente” produtiva. “A Prefeitura reconhece a necessidade desta parceria para o bem não só das reeducandas, mas principalmente do próprio município. Há várias delas que são da cidade e essa interação só vem demonstrar, mais uma vez, a continuidade do trabalho do governo atual, de solidariedade e parceria, e entendendo que a ressocialização também passa de aceitação da sociedade em abrir espaço para que elas se permitam ao trabalho e um novo futuro”, finalizou.