Esta imagem mostra uma cerimônia de certificação da eliminação da transmissão vertical de HIV, sífilis e/ou hepatite B no Brasil. Várias pessoas, incluindo autoridades e profissionais de saúde, estão presentes e segurando certificados. Há um banner atrás deles com a informação sobre a certificação e os selos do programa. A imagem captura um momento de celebração e reconhecimento pelo sucesso do programa de saúde pública.
Entrega das certificações aconteceu em Brasília na tarde desta sexta-feira, 29 de novembro

A cidade de Piracicaba foi certificada com Selo Ouro rumo à eliminação da transmissão vertical da hepatite B e recertificada com o Selo Prata de Boas Práticas Rumo à Eliminação da Transmissão Vertical de HIV para municípios com mais de 100 mil habitantes em evento realizado na tarde de hoje, sexta-feira, 29/11, em solenidade realizada em Brasília/DF organizada pela Coordenação-Geral de Vigilância das Infecções Sexualmente Transmissíveis do Departamento de HIV/Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis do Ministério da Saúde (CGIST/Dathi/SVSA/MS).

A Prefeitura de Piracicaba foi representada pela enfermeira Karina Corrêa Contiero, coordenadora do Programa Municipal de IST/Aids e Hepatites Virais e do Centro de Vigilância em Saúde (Cevisa) de Piracicaba, Poliana Ribeiro de Andrade Garcia, enfermeira Cedic, e Elisabete Vicentim Vitti, técnica de vigilância epidemiológica e do Cedic.

Na oportunidade, o Ministério da Saúde divulgou que apenas 18 municípios – com mais de 100 mil habitantes – foram certificados rumo à eliminação da TV hepatite B e somente três receberam o selo ouro: Piracicaba/SP, Ipatinga/MG e Vilhena/RO.

Conforme explica Karina, foram analisados indicadores dos anos de 2021 e 2022 como a taxa de incidência de crianças infectadas por HIV devido a transmissão vertical, taxa de transmissão vertical do HIV, taxa de incidência de sífilis congênita, taxa de prevalência de menores de 5 anos infectados com o vírus da hepatite B, cobertura de pré natal, cobertura de gestantes com pelo menos um teste para HIV, sífilis e hepatite B durante o pré-natal, cobertura de gestantes infectadas com HIV em uso de terapia antirretroviral (TARV), cobertura de gestantes tratadas adequadamente para sífilis, cobertura vacina de hepatite B em crianças até 30 dias após o nascimento e cobertura da terceira dose da vacina pentavalente em menores de um ano.

“Além disso, foram considerados o sistema de vigilância e monitoramento dos casos, a adoção de medidas preventivas pela rede de saúde e o resguardo aos direitos humanos das gestantes. Após envio do relatório pleiteando a certificação, Piracicaba recebeu no mês de julho a visita da equipe nacional de validação, a qual deferiu a solicitação”, completou a coordenadora do Programa Municipal de IST/Aids e Hepatites Virais e do Centro de Vigilância em Saúde (Cevisa) de Piracicaba.

Ainda, segundo Karina, durante o processo houve um importante engajamento de toda rede de saúde, com a participação das equipes técnicas – Cedic, Atenção Básica, Vigilância Epidemiológica, Laboratório Municipal, maternidades, entre outras –, dos profissionais da assistência e da gestão municipal. “A certificação reflete a qualidade da assistência ao Pré-natal, no parto, puerpério e seguimento dessas crianças no nosso município. Além disso, valoriza o trabalho prestado por todos os profissionais de diversas áreas envolvidos nesse processo”, concluiu.

TRANSMISSÃO VERTICAL – As Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) são causadas por vírus, bactérias ou outros microrganismos. Elas são transmitidas, principalmente, por meio do contato sexual (oral, vaginal, anal) sem o uso de preservativo, com uma pessoa que esteja infectada. A transmissão de algumas ISTs também pode ocorrer por meio da transmissão vertical para a criança durante a gestação, o parto ou a amamentação, quando medidas de prevenção não são realizadas.

Todas as gestantes e suas parcerias sexuais devem ser investigadas para IST durante o pré-natal e no momento do parto, especialmente para o HIV, sífilis e hepatites virais B e C. Ao mesmo tempo, devem ser informadas e orientadas sobre as possibilidades de prevenção, bem como sobre o risco da transmissão vertical para a criança quando a gestante é infectada.