No mês de setembro, com o declínio do número de casos de internação pela Covid-19 nos hospitais da rede pública de saúde, as cirurgias eletivas serão intensificadas. Em agosto, várias unidades já começaram a reorganizar as agendas para a retomada. Até o final do ano devem ser realizadas mais 2.000 cirurgias adicionais.
O Hospital Regional já abriu a agenda para cirurgia geral, em procedimentos como colecistectomia (vesícula biliar) e hérnias. Neste mês foram realizadas pequenas cirurgias em otorrinolaringologia e oftalmologia no seu hospital dia, onde as pessoas são internadas de manhã e recebem alta à tarde do mesmo dia. Ainda para agosto estão agendadas cirurgias ortopédicas, obedecendo prioridades por critério médico.
A Santa Casa iniciou também as avaliações pré-operatórias e as cirurgias pediátricas. As demais especialidades serão absorvidas conforme disponibilidade de leitos, materiais e centro cirúrgico, bem como com a redução do número de casos de pacientes com a Covid-19 internados na unidade.
O Ambulatório Médico de Especialidades (AME-Piracicaba) retomou os procedimentos em cirurgia geral (hérnias, cistos e hemorroidas), oftalmológica (pterígio, catarata, calázio e outros de menor complexidade), ortopedia (mão e pé) e dermatologia (lesões e biópsias).
O Hospital São Lucas, de São Pedro, já está realizando cirurgias ginecológicas sling e histeroscopia, além das pediátricas. O Hospital de Charqueada também retomou as cirurgias ginecológicas. A Clínica Oftalmológica retomou as cirurgias de catarata.
Em setembro, o Hospital dos Fornecedores de Cana (HFC) inicia as avaliações pré-operatórias, com retomada das cirurgias eletivas SUS (ginecológicas, vasculares e laqueadura) e pelo Programa Pró-Santa Casa (histeroscopias e cirurgias de joelho, quadril e coluna).
De acordo com o secretário de Saúde, dr. Pedro Mello, o trabalho da rede pública de saúde é abrangente e não pode se reduzir ao novo coronavírus. Mas a retomada das cirurgias eletivas precisa ser gradual e segura.
“Costumo dizer que estamos diante de uma Secretaria de Saúde e não de uma secretaria da Covid-19”, destacou Pedro Mello. Ainda segundo o secretário, a população tem uma demanda ampla para a saúde. “E a nossa obrigação é atendê-a em todas as suas especialidades”, concluiu.
Desde o início da pandemia do novo coronavírus, os hospitais da rede pública de saúde tiveram que reorganizar suas agendas de cirurgias eletivas, seja pela falta de leitos de UTI, fundamentais para as cirurgias mais complexas, seja por decisão do paciente, que considerou mais seguro adiar o procedimento para um período posterior.
Durante este período, no entanto, não houve alteração na agenda das cirurgias oncológicas e de emergência, por serem de prioridade médica.