Horto de Tupi se previne contra incêndios
A Secretaria Municipal de Defesa do Meio Ambiente (Sedema) e os gestores da Estação Experimental de Tupi (Horto de Tupi) estão desenvolvendo ações preventivas para proteger a área verde de possíveis incêndios florestais, que normalmente ocorrem com a chegada do outono e o menor volume de chuvas. As medidas envolvem a implantação de aceiros, podas de árvores, campanhas educativas, rondas preventivas e fiscalizações, entre outras. Embora esteja com suas portas fechadas à visitação pública e suas atividades suspensas desde o final de março, por causa da pandemia do coronavírus (Covid-19), internamente o trabalhos de manutenção do Horto de Tupi prosseguem de maneira rotineira.
Para a prevenção de incêndios, a Sedema e os administradores do local adotaram as seguintes medidas: poda de árvores; criação dos aceiros (áreas normalmente às margens de cercas, onde a vegetação é debastada para impedir a propagação de fogo); campanhas educativas, explicando entre outras coisas a proibição em se fazer churrasco ou qualquer outra atividade com a utilização de fogo; contato com os vizinhos de divisa, solicitando medidas preventivas em suas áreas; rondas preventivas nas divisas do Horto (realizadas por um servidor que percorre as trilhas); fiscalização por parte do Pelotão Ambiental, da Patrulha Rural e da Polícia Militar Ambiental; e a aquisição futura de uma roçadeira costal e um soprador (esse último equipamento em fase de licitação).
“Com a chegada do período de estiagem, a Estação Experimental de Tupi acaba sempre sofrendo com incêndios florestais e, mesmo fechada à visitação, a equipe de educação ambiental do Horto de Tupi resolveu postar alguns lembretes para a população, por meio das redes sociais”, conta Elisabeth da Silveira Nunes Salles, bióloga do Núcleo de Educação Ambiental (NEA) da Sedema.
A ideia, explica Elisabeth, é que nesse período de quarentena, quando o acesso às redes sociais está mais frequente, as pessoas possam visualizar e entender sobre a importância de não realizar churrascos ou outras atividades que envolvam fogueiras.
Também estão sendo veiculados, na Rádio Educativa FM, informativos sobre os problemas que as queimadas urbanas causam à saúde e ao meio ambiente. “Acreditamos que, a partir dessas ações, quando o Horto voltar às atividades normais teremos mais usuários conscientes e disseminando o uso consciente do espaço”, analisa Elisabeth.


Vegetação às margens das cercas são debastadas para impedir propagação de fogo INFRAESTRUTURA E TREINAMENTO – O Estado de São Paulo – que é responsável pela administração dos 198 hectares da Estação Experimental de Tupi, incluindo o território de 22,3 hectares que é aberto à visitação pública e cuja gestão é compartilhada com o município – mantém uma infra-estrutura para o combate de incêndios no local.
“O Estado dispõe dentro da unidade (Horto) de um trator e de uma carreta tanque com capacidade para 3.000 litros. Além disso, contamos com o pronto-atendimento do Corpo de Bombeiros e também da Brigada de Incêndio da usina arrendatária das áreas vizinhas à Estação Experimental”, ressalta Giovanni Batista, analista ambiental da Sedema e membro do Comitê Gestor da Área de Visitação Pública da Estação Experimental de Tupi.
E no final do ano, passado equipes da Sedema, do Serviço Especializado em Engenharia do Trabalho (SESMT) e do Instituto Florestal – que atuam na Estação Experimental de Tupi – participaram de um treinamento sobre técnicas de combate a incêndios florestais. A atividade foi conduzida pelo cabo Guaracy Ribeiro, do Corpo de Bombeiros.
