Com participação de grande público, formado por mães, gestantes, familiares, profissionais de saúde, colaboradores e parceiros, a Hora do Mamaço, realizada na tarde de hoje (03/08), pela Secretaria Municipal de Saúde, no Parque da Rua do Porto, ao lado do Sino da Paz, foi um sucesso. Mais de 200 mães participaram do ritual de amamentação simultânea, marcando a semana destinada no mundo todo ao incentivo do aleitamento materno e ao Agosto Dourado.

O evento foi organizado pelas equipes da Atenção Básica e do Pacto pela Redução da Mortalidade Infantil, com suporte logístico e estrutural das Secretarias da Educação (SME), Esportes, Lazer e Atividades Motora (Selam) e Turismo (Setur) e do Desenvolvimento Social (Semdes). Contou com a colaboração direta da Santa Casa, Hospital dos Fornecedores de Cana (HFC), Unimed, Pastoral da Criança e Lions Clube Independência. Teve o apoio das empresas Fraldas 13 e Padaria do Vovô. Mais a participação especial dos alunos de nutrição da ETEC.

A primeira-dama, presidente do Fundo Social de Solidariedade (FUSSP), Sandra Negri, deu seu testemunho, recordando o fato de ter amamentado seus filhos por mais de um ano e que seus netos também tiveram a mesma oportunidade. “Certamente a amamentação proporciona mais saúde e qualidade de vida às pessoas”. Nesse sentido, conclamou todas as mães para a superação das barreiras que surgem no meio do caminho. “Não parem de amamentar. Eu sei que não é fácil. Temos de trabalhar, temos de cuidar da casa e tantos outros afazeres, mas não podemos desistir”, destacou.

O prefeito Barjas Negri disse que esse tipo de ação, envolvendo muitas pessoas, é de extrema importância para o município, porque as mães presentes seriam propagadoras e defensoras da amamentação, tendo a consciência e a segurança sobre o valor dessa atitude para sua saúde e, principalmente, para a saúde dos seus filho. “Com isso, ampliamos e damos visibilidade ao trabalho desenvolvido em Piracicaba com o objetivo de reduzir o coeficiente de mortalidade infantil”, observou. Segundo ele, para reduzir ainda mais esse índice, hoje de 8.75 mortes para cada 1.000 crianças nascidas vivas, o esforço dos agentes de saúde tem que ser redobrado. “Estamos em um patamar bom. Mas podemos melhorar. Atividades como esta contribuem para que consigamos avançar”.

O secretário de Saúde, dr. Pedro Mello, também agradeceu a todos os colaboradores e parceiros. Destacou o empenho da equipe de Atenção Básica para o sucesso do encontro. “Se não fosse o trabalho incansável dos nossos profissionais, da coordenação da Atenção Básica, dos enfermeiros e agentes comunitários de saúde de cada unidade, esse evento não teria alcançado tamanho êxito”, enfatizou. Observou também que a amamentação precisa ser defendida com força, porque ainda é muito baixo o índice de mães que amamentam em todo o mundo. “Segundo a OMS, apenas em torno de 37% a 39% das mães levam essa responsabilidade adiante, como é preconizado. Precisamos chegar em 100% aqui em Piracicaba. Sabemos que exige muita coragem e dedicação, devido ao trabalho e a vida corrida do dia-a-dia”.

A coordenadora de enfermagem da Atenção Básica, Tatiana Bonini, ao demonstrar sua emoção pelo sucesso do encontro e agradecer todos os colaboradores, destacou a importância do leite materno. “Ele é padrão ouro. Isso quer dizer que possui todos os ingredientes necessários para a saúde do seu filho nos primeiros seis meses de vida, sendo complementado na fase posterior, até pelo menos dois anos de idade”. Observou também que as mães não podem se deixar levar por informações erradas que as tirem desse caminho. “Nada substitui a amamentação”.

O vereador Andre Bandeira (PSDB) destacou a Lei de sua autoria pelo direito das mães amamentarem seus filhos em qualquer espaço público, sem discriminação. Segundo ele, havia a preocupação com as mulheres que são proibidas de amamentar seus filhos em locais públicos e com o constrangimento que lhes são causados. “Criei então um Projeto de Lei, que agora é lei, segundo a qual os estabelecimentos de Piracicaba que proibirem a prática da amamentação em seu interior, independentemente da existência de áreas segregadas para tal fim, podem ser multados”. De acordo com a Lei, o estabelecimento pode ser fechado ou aberto, destinado à atividade de comércio, cultural, recreativa e de serviço público ou privado. “É mais que uma questão de saúde. É necessidade e direito da mãe e da criança!”, afirmou.

O coordenador do Pacto Pela Mortalidade Infantil, Rogério Tuon, conduziu a conversa com a mães. Deixou claro que além de todos os benefícios à saúde, o aleitamento deixa as crianças mais inteligentes. “Há estudos comprovando isso. As crianças que são amamentadas corretamente, até os dois anos de idade, têm QI mais elevados, aprendem com mais facilidade e por isso, acabam ganhando mais quando ingressam ao mercado de trabalho. Isso mesmo. Levam uma vida melhor por causa do leite materno”, concluiu.

Para dar colorido extra ao encontro, a equipe de agentes comunitários de saúde da USF Jardim Vitória apresentou uma esquete teatral para deixar evidente o erro grave das mães que dão leite de vaca, chá e água aos seus filhos na primeira infância (até os 6 meses). O ponto alto foi o mamaço. Na hora H todas as mães soltaram um balão dourado simbolizando a amamentação e o direito de amamentarem seus filhos em espaço público.

Veja fotos do Mamaço: