O Grupo Forfé garantiu uma vaga na programação oficial do 7o Fentepira (Festival Nacional de Teatro de Piracicaba), com o espetáculo Forfé Canta Lilás, apresentado em Sete de Setembro no 18o Pirateatrando (Mostra de Teatro de Piracicaba). A peça foi a única escolha da curadoria, em meio às quatro que se inscreveram para a seletiva municipal: Era uma vez, Marias…, do Coletivo Nécessaire, A Sombra da Medeia, da Cia. D´Vergente, e Pluft, o Fantasminha, da Cia. Sé de Teatro.

Criado para valorizar os talentos locais em artes cênicas, o Pirateatrando funciona, desde 2006, como seletiva para os grupos de Piracicaba que desejam participar do Fentepira. Por isso, os espetáculos foram assistidos por Marici Salomão, dramaturga, jornalista e crítica teatral que assina a curadoria da sétima edição do Festival ao lado da co-curadora Fátima Monis, orientadora do Núcleo de Artes Cênicas do Sesi Piracicaba. Pelo regulamento, de um a três espetáculos poderiam ser contemplados.

“A escolha do Forfé considerou critérios artísticos, como o delineamento das propostas da montagem e seu coeficiente artístico (o resultado, levando-se em conta as premissas). Trata-se de um exercício cênico musical, experimental e em processo”, destaca Marici, que é coordenadora do curso de Dramaturgia da SP Escola de Teatro e do Núcleo de Dramaturgia Sesi-British Council.

O espetáculo Forfé Canta Lilás promove o encontro entre o teatro, as artes visuais e a música. A trama traz o caminho de um menino por uma estrada, em busca de seu amor, separado dele há muito tempo. Sua única lembrança é um olhar que busca durante sua trajetória, impulsionado por seus sonhos.

A montagem, que também foi apresentada no ano passado no Pirateatrando concorrendo a uma vaga no Fentepira, conta no elenco os atores-músicos Adriano Mota, Thaís Dias, Vânia Lima e Fabrício Zavanella, este último responsável também pela direção musical. Projeto gráfico e projeção são de Marcos Rogério de Sousa (Sassá) e iluminação de Felipe de Menezes. A direção é de Ricardo Vizinho. “O ponto forte da apresentação são as canções compostas e cantadas ao vivo por integrantes do grupo”, completa Marici.

Sobre a qualidade dos três espetáculos concorrentes – Era uma vez, Marias…, A Sombra da Medeia e Pluft, o Fantasminha – Marici faz as seguintes observações: “No processo em que estão, demandam mais amadurecimento e articulação entre o projeto e sua realização. Isso não é um problema e, sim, um desafio: o de realizar seus projetos, a partir da clareza da proposta, do encaminhamento da pesquisa e do tempo de ensaio.”

Marici segue esta semana na análise dos espetáculos inscritos no 7o Fentepira, este ano com realização entre 27 de outubro e 4 de novembro. Ao todo vieram 275 peças de 92 cidades brasileiras e uma de Moçambique. O resultado da seleção será divulgado na próxima semana. O Festival é uma realização da Prefeitura do Município de Piracicaba, por meio da Semac (Secretaria Municipal da Ação Cultural). São parceiros a Associação Piracicabana de Teatro (Apite!), a Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), o Sesi, o Senac e a Universidade Metodista de Piracicaba (Unimep).