Os ministérios da Educação e da Saúde anunciaram na manhã desta sexta-feira (10), em coletiva de imprensa realizada em Brasília, a escolha das instituições de ensino superior (IES) particulares que devem implantar o curso de medicina em 36 municípios de todo o país. Em Piracicaba, a Anhembi Morumbi foi a instituição selecionada. Criados dentro da estratégia do Programa Mais Médicos, os novos cursos de medicina irão ofertar um total de 2.290 vagas de graduação.
Na região, além de Piracicaba, a Anhembi Morumbi foi selecionada também em Rio Claro. Em Araras, a instituição que deverá oferecer o curso de medicina é a São Leopoldo Mandic. Piracicaba foi selecionada em setembro, após passar por três fases de habilitação que incluíram a visita de uma comissão do ministério.
Três municípios (Limeira; Tucuruí, no Pará e São Leopoldo, no Rio Grande do Sul) não tiveram propostas selecionadas, e serão incluídos no edital seguinte, já em curso. O resultado da seleção de instituições é preliminar. A decisão final será divulgada no final de agosto, após a fase de recursos, que podem ser apresentados entre os dias 13 e 22 de julho.
Para o prefeito Gabriel Ferrato, a faculdade é uma conquista histórica para a cidade. “A (faculdade de) medicina vem completar o quadro de cursos oferecidos pela cidade. É a 'cereja do bolo'. Sempre tivemos diversos cursos, inclusive na área de saúde, mas o curso de medicina sempre foi uma necessidade. Essa escolha demonstra também o nível da rede de saúde da cidade, já que o MEC colocou como critério principal as condições da cidade de absorver os novos médicos. Esperamos que, a médio prazo, consigamos melhorar a contratação de novos médicos para a rede pública”, afirmou o prefeito.
O secretário de Saúde, Pedro Mello, acredita que a implantação do curso de medicina irá transformar a saúde do município. “Com a somatória de ações como a construção do Hospital Regional, a implantação de residências médicas e a chegada da faculdade de medicina, Piracicaba irá se transformar em um polo de formação na área da saúde”.
SELEÇÃO A seleção das instituições foi realizada ao longo de três fases. Primeiro, em fase eliminatória, foram selecionadas as instituições que atendiam aos pré-requisitos relativos à saúde financeira da instituição, do plano de negócios, e da capacidade econômico-financeira para ofertar curso de medicina. Nesta fase, que utilizou metodologia criada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), 115 instituições foram habilitadas, entre 216 inscritas.
A fase seguinte analisou a experiência regulatória das instituições habilitadas por meio de critérios como indicadores de qualidade das IES vinculadas e indicadores dos cursos da área de saúde, oferta de curso de medicina, existência de residência médica e pós-graduação stricto sensu e processos de supervisão. Nesta fase, 64 propostas foram classificadas.
A fase final, cujo resultado foi divulgado nesta sexta, selecionou os melhores projetos. A avaliação foi realizada por especialistas, médicos professores de medicina de universidades federais, integrantes da Comissão de Acompanhamento e Monitoramento de Escolas Médicas. Foram avaliados o projeto pedagógico, o plano de infraestrutura da instituição de educação superior, de contrapartida à estrutura de serviços, ações e programas de saúde do município, plano de implantação de residência médica e o de oferta de bolsas para alunos