Cerca de 150 profissionais da rede municipal de saúde participaram do Fórum de conscientização sobre a Hanseníase realizado nesta quarta-feira (04), pela Secretaria Municipal de Saúde da Saúde, na Câmara de Vereadores. O Fórum concentrou palestras proferidas por técnicos da DIR-XV e da Secretaria da Saúde, que abordaram diagnóstico da doença, acolhimento das pessoas portadoras da doença, a situação epidemiológica do município e outras dúvidas.

O evento faz parte das ações da Semana Municipal de Combate à Hanseníase que tem como objetivo capacitar o profissional de saúde sobre o diagnóstico, causas e outras informações para a detecção precoce da doença. O fórum também antecede a Campanha Estadual, prevista para o período de 15 a 21 deste mesmo mês. Segundo a gerente do Centro de Controle de Doenças Infecto-contagiosas (Cedic), Maria Regina Teixeira, a intenção é que as ações sobre a doença aconteçam durante quase todo o mês, favorecendo assim uma reflexão entre os profissionais sobre a necessidade de informar a população sobre a importância da prevenção e detecção precoce da hanseníase.

Além das informações obtidas durante o fórum, os profissionais receberam materiais informativos para distribuição junto aos usuários de suas unidades. Em Piracicaba, a série histórica de casos da doença segue constante, com uma média de 28 casos novos por ano. Em 2002 foram registrados 28 casos ; em 2003, 31 casos; em 2004, também 31 e em 2005, 22 casos. Este ano até o mês de agosto havia 18 casos registrados.

De acordo com a auxiliar de enfermagem do Cedic, Inês Machado, o controle da doença no município é feito por meio do trabalho de multiplicadores de informação, busca ativa de casos e vigilância dos comunicantes. A auxiliar informa que as equipes do PSF-Programa de Saúde da Família trabalham em parceria com o Programa Municipal de Hanseníase na supervisão e controle de medicações para facilitar a notificação de Casos, detecção precoce e cura da doença, que tem 100% no município devido a nenhum abandono de tratamento.

Inês alerta para a gravidade das possíveis seqüelas dos casos não tratados. “É comum a pessoa ignorar o problema e o risco maior está em deixar a doença evoluir livremente sem qualquer tratamento”, disse Inês, “e aí quando nos procura a doença está muito avançada e o risco de atrofia e perda de partes do corpo aumenta muito.”

Saiba mais sobre Hanseníase

A Hanseníase é uma doença comum no Brasil. É causada por um micróbio, o Micobacterium Leprae (Bacilo de Hansen) que ataca a pele e os nervos, principalmente dos braços e das pernas.

Como reconhecer

Os principais sinais e sintomas da Hanseníase são os seguintes: manchas brancas ou avermelhadas dormentes, dor nos nervos dos braços, das mãos, das pernas ou dos pés, partes do corpo com formigamento ou dormência, caroços no corpo, ausência de dor em casos de queimaduras ou cortes nos braços, nas mãos, nas pernas e nos pés.

Como Ocorre

A Hanseníase é transmitida de uma pessoa doente que não esteja em tratamento para uma pessoa sadia, principalmente através da respiração durante o convívio diário.

Caso de suspeita

A pessoa com sinais e sintomas suspeitos de Hanseníase deve procurar um Serviço de Saúde ou o seu médico para esclarecimento do diagnóstico. O tratamento da Hanseníase é feito gratuitamente nos ambulatórios, sem necessidade de internação. O paciente em tratamento pode conviver com a família, no trabalho e na sociedade sem qualquer restrição.

Tem cura

A Hanseníase tem cura após o tratamento que pode durar de seis meses a dois anos, caso não seja interrompido. Quanto mais rápido for feito o diagnóstico, mais rápida será a cura.

O Abandono

Mesmo que haja melhora dos sinais ou sintomas da doença, recomenda-se a volta a unidade de saúde para avaliação e, se necessário, continuar o tratamento ou, em caso de cura, receber alta.

Ajude a eliminar

Se houver sinais de suspeitas de Hanseníase, procure a Unidade Básica de Saúde mais próxima de sua casa para certificar-se do diagnóstico e começar o tratamento. Informações podem ser obtidas no Cedic pelos telefones: 3437-7500, com Inês.