“Alguém tem de me explicar direito por que os índices de criminalidade avançam tanto na cidade desde 2003”. A cobrança foi feita pelo prefeito Barjas Negri, durante a abertura do Fórum de Segurança, nesta sexta-feira (24), na sede da Acipi-Associação Comercial e Industrial de Piracicaba.

O evento foi realizado pelo Funseg- Fundo de Segurança com o objetivo de discutir os problemas de segurança da cidade e quais os planos que a Polícia Militar e a Polícia Civil têm para o município.

Barjas disse que apesar dos esforços, a segurança na cidade passa por um momento delicado. Segundo o prefeito, as ações têm ocorrido, como o aumento da ronda escolar; melhoria da iluminação pública; implantação do Disque Denúncia, por meio do prefixo 181, que atende 24 horas por dia; aumento do número de viaturas e do efetivo; além da mobilização junto ao governador Geraldo Alckmin para as criações do Comando de Policiamento do Interior (CPI) e do Deinter, divisão da Polícia Civil.

“ Se mesmo assim o cenário não se modifica, há a necessidade de uma reflexão mais profunda para estabelecer o que mais deve ser feito para responder aos anseios por segurança da população”, disse.

Além do prefeito Barjas Negri, participaram do evento outras autoridades como delegado-geral da Polícia Civil do Estado, Marco Antônio Desgualdo, o coronel Roberto Costa, responsável pelo Comando de Policiamento do Interior (CPI) 2 – Campinas, o deputado estadual Roberto Morais, vereadores municipais, comandante da Guarda Civil Municipal secretários municipais, representantes das polícias militar, civil e federal, do Funseg e familiares e amigos das irmãs Borghese, assassinadas em 20 dezembro do ano de 2005.

Durante o Fórum foi realizada a posse da coordenadoria do Funseg, que passa a apresentar o empresário José Antonio de Godoy como presidente e o empresário Pedro Cruz como vice-coordenador. O Fundo de Segurança é formado por seis entidades (Acipi, Coplacana, CDL, Ciesp, Simespi e Sincomércio).

O Funseg tem como objetivo auxiliar as corporações policiais com aquisição de equipamentos e materiais, manutenção de veículos e na ampliação do projeto de monitoramento por câmeras, que deve ser implantado pela prefeitura. Além de recursos, os organizadores esperam obter contribuições como serviços (mão-de-obra) e materiais para auxiliar no serviço de segurança da cidade.

Segundo Godoy, o fundo conta com 740 associados e deverá colaborar de forma efetiva com as forças policiais após apresentação do relatório ‘Às vezes um carro de polícia fica parado por falta de verba para o conserto, já que demora a vir o dinheiro do Estado. Se a cidade se mobilizar junto com as entidades, podemos resolver esses problemas por aqui mesmo’, disse.