A força-tarefa criada pela Prefeitura para limpeza do rio Piracicaba recolheu 2,97 toneladas de peixes mortos. A ação, realizada hoje, 11/07, foi necessária após mortandade em decorrência do descarte irregular de resíduos industriais no ribeirão Tijuco Preto, que é afluente do Piracicaba e atingiu o rio. A equipe de trabalho é composta pelas secretarias de Governo (Semgov), de Infraestrutura e Meio Ambiente (Simap) e de Obras e Zeladoria (Semozel), Semae (Serviço Municipal de Água e Esgoto), Defesa Civil, Polícia Militar Ambiental, Agência PCJ, Fundação Florestal, Amoporto, Instituto Beira Rio e Associação Remo Piracicaba.
A coleta dos peixes foi executada em trecho do rio por meio de botes e barcos, principalmente nas margens, e todo material orgânico foi recolhido pela Piracicaba Ambiental, terceirizada contratada da Prefeitura, que fará a destinação correta, de modo a evitar o mau cheiro no rio e também a contaminação das águas e do solo.
Os serviços foram acompanhados pela Semgov e Simap, com aval da Cetesb – agência responsável pelo monitoramento e fiscalização do rio Piracicaba. O planejamento dos trabalhos aconteceu ontem, 10/07, em reunião com todos os órgãos e instituições envolvidos na força-tarefa.
Prefeitura e Cetesb esclareceram que a mortandade aconteceu em decorrência do despejo irregular de resíduos industriais, originários da Usina São José, no ribeirão Tijuco Preto, afluente do rio Piracicaba.
A Cetesb elaborou laudo preliminar, por meio de amostras das águas, que identificou o descarte irregular. Diante do laudo, a Prefeitura já acionou o Ministério Público para que notifique a prefeitura de Rio das Pedras, onde a usina está localizada.
Em nota, a Cetesb informou que localizou a fonte poluidora e interrompeu o descarte irregular de resíduo industrial, além de iniciar análises das amostras coletadas para definir as punições cabíveis à usina responsável, que incluem multa gravíssima e encaminhamento para apuração de crime ambiental, além de ajustes de conduta por parte da empresa. O valor da multa, segundo a companhia, varia entre R$ 500 e R$ 50 milhões.
A Prefeitura continua monitorando a qualidade da água do rio e também pretende exigir do responsável o repovoamento, com a soltura de alevinos.