Família Acolhedora: serviço agora tem nome

Piracicaba, 07 de maio de 2018 – No último sábado o serviço Família Acolhedora recebeu a placa de denominação do serviço, que a partir da lei 8839/2018, se chama Irmã Tereza Cristina de São José.
O prédio que abriga o serviço desde fevereiro de 2018, recebeu para a cerimônia de denominação, o prefeito Barjas Negri, o vereador Pedro Kawai, a secretária Municipal de Desenvolvimento Social, Eliete Nunes, a irmã Elisabeth Maria da Santíssima Trindade, além de muitas famílias acolhedoras e técnicos dos serviços da assistência social.
Carla Gonçalves Marques, coordenadora do Família Acolhedora explicou como é o funcionamento do serviço. “É um serviço inovador, tem suas dificuldades e desafios, mas estamos amplamente engajados, enquanto servidores públicos, na execução da proposta de serviço de família acolhedora. Nosso trabalho é oferecer o melhor atendimento às famílias de origem, para que as crianças possam ser reintegradas aos núcleos familiares de onde vieram, para que a gente possa garantir o direito à convivência familiar e comunitária e aí, neste trabalho, as famílias acolhedoras são essenciais. É uma proposta inovadora no Brasil e Piracicaba não podia ficar de fora”.
Marcelo Francisco Cortes, representando as famílias acolhedoras, exaltou o amor envolvido na realização deste trabalho de ser uma família acolhedora. “Todo mundo pode fazer alguma coisa por alguém. Todos nós podemos amar. A gente acolhe para aprender a amar, para aprender a se doar e para fazer o bem para alguém”.
A irmã Elizabeth, representando o Carmelo Imaculado Coração de Maria e São José e a família da homenageada, leu uma mensagem da família, agradecendo a denominação “Assim o nome da Irmã ficará ligado, como inspiração, a um lugar que lhe seria muito querido, por ser destinado a acolhida do próximo e por traduzir a prática do serviço social, a que ela mesma havia se dedicado, antes de ser irmã carmelita”.
O vereador Pedro Kawai lembrou que mesmo diante da crise, a Prefeitura e a Semdes vem, numa constante, trabalhando na busca de soluções das demandas apresentadas.
Eliete Nunes, titular da Semdes, visivelmente emocionada, agradeceu a toda a equipe e explicou o porquê da escolha do nome da religiosa para o serviço. “Sua irmã de sangue, Madre Teresinha do Menino Jesus, que também era religiosa no mesmo Carmelo, quando contei para ela que iniciaríamos o serviço em Piracicaba, disse que a Irmã Tereza Cristina, já falecida à época, intercederia junto à Deus por nós para que tudo desse certo… e deu”.
Eliete enalteceu que neste ano o serviço volta a ser desenvolvido totalmente pelo poder público, com funcionários públicos e sede própria, em prédio público. Ela ainda explicou que é o modelo de acolhimento mais humanizado que pode ter. “É o modelo de acolhimento que permite que a criança ou adolescente, afastada da família por determinação judicial, tenha um convívio familiar e na sociedade, propiciando seu desenvolvimento físico, mental e social.”
O prefeito Barjas Negri, finalizando as falas da solenidade, frisou que o serviço só é um sucesso porque tem a participação motivada das famílias acolhedoras. “E é preciso motivar mais famílias para fazerem este trabalho social, mais famílias para se dedicarem ao próximo que necessita. É nosso papel estimular e agradecer estas famílias que já estão acolhendo”.
A Homenageada – Nascida em 1917 como Maria Thereza Nogueira Garcez, Irmã Tereza Cristina de São José desde pequena já deixava transparecer as grandes linhas de sua personalidade: caráter dócil e obediente à orientação dos pais. Cultivava com cuidado sua vida de piedade, sendo assídua aos Círculos da Ação Católica e aos deveres da Ordem de Terceira do Carmo, na qual ingressou aos 14 anos. Na tarde de 12 de setembro de 1948, Tereza Cristina, com 30 anos, foi recebida no Carmelo de São Paulo, com o nome de Irmã Tereza Cristina de São José.
Para a cidade de Piracicaba, a Irmã Tereza dedicou grande auxílio na fundação do Carmelo Imaculado Coração de Maria e São José, na recém-criada Diocese instalada no município. Permaneceu na clausura, neste Carmelo, por praticamente toda sua vida religiosa, só se afastando dele dois meses antes da sua morte, quando voltou para São Paulo, para estar com a família e em tratamento de saúde. Irmã Tereza faleceu no sanatório Santa Catarina em São Paulo em 27 de fevereiro de 1985, em uma quarta-feira, dia dedicado ao patrono São José.
Família Acolhedora – O serviço de acolhimento em Família Acolhedora é um serviço público com a finalidade de proporcionar acolhimento familiar a crianças e adolescentes que necessitem ser afastados de sua família de origem em decorrência de medida de proteção por determinação judicial. Atualmente o serviço tem 21 famílias acolhedoras cadastradas e oito delas estão com crianças ou adolescentes acolhidos. Durante todo período de acolhimento, tanto a família acolhedora como a família de origem são acompanhadas por uma equipe técnica especializada, para orientação e apoio psicossocial.
As famílias cadastradas devem ter disposição afetiva e emocional para acolherem uma criança sem o intuito de adotá-la, já que entre as condicionantes para ser uma família acolhedora é não estar na lista de pretendentes para a adoção. São outros condicionantes para se candidatar a ser uma família acolhedora ser maior de 25 anos, ter uma diferença mínima de 16 anos do acolhido, morar em Piracicaba, sem perspectiva de mudança nos próximos três anos; ser idôneo e com boa saúde física e mental; não possuir no seu núcleo familiar pessoa com problemas psiquiátricos ou dependência de álcool e outras drogas; possuir disponibilidade para participação sistemática do processo de capacitação e seleção, além de outras eventuais atividades no serviço e ter a anuência de todos os membros da família, que deve ser manifestado por documento escrito.
A sede do serviço está localizada na Rua Coronel João Mendes Pereira de Almeida, 200 – Nova América.
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