Falsa seringueira do Parque do Mirante passará por poda de limpeza
Avaliação técnica indica senescência avançada, ramos mortos e danos compatíveis com queda de raio

A Prefeitura de Piracicaba, por meio da Secretaria de Obras, Infraestrutura e Serviços Públicos, deve executar, nesta semana, poda de limpeza em uma falsa seringueira, de 18 metros de altura, localizada no Parque do Mirante. O procedimento foi determinado após laudo técnico da Pasta identificar que cerca de 50% da estrutura da árvore está comprometida. Há indícios de que o indivíduo tenha sido atingido por um raio, o que pode ter acelerado o processo de senescência e agravado seu estado fitossanitário.
O levantamento mostra que a árvore apresenta copa desequilibrada, ramos mortos, caule deteriorado, cavidades internas, raízes expostas e danificadas, além de comprometimento do colo. Foram observados também ataques de pragas e doenças e perda significativa de vigor, condições típicas de árvores em estágio avançado de envelhecimento. O conjunto de fatores indica que o indivíduo tem capacidade de recuperação limitada e precisa passar pelo manejo para reduzir riscos aos frequentadores do parque.
A poda de limpeza terá o objetivo de retirar galhos secos e instáveis, diminuindo o peso sobre a copa e eliminando partes que já não possuem condução de seiva. A Secretaria também deve recorrer ao Comdema (Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente) para avaliar a necessidade de um corte futuro.
O laudo cita ainda sinais compatíveis com queda de raio, entre eles danos estruturais concentrados, fissuras e regiões de necrose. Árvores de grande porte atingidas por descargas elétricas podem sofrer rupturas internas profundas, que favorecem a instalação de fungos e insetos e aceleram seu declínio. A falsa seringueira é considerada uma espécie exótica, originária da Ásia, ou seja, não é nativa da região.
REMOÇÃO DE RAÍZES – Antes da poda, porém, a Secretaria de Obras, Infraestrutura e Serviços Públicos executa a remoção das raízes e do tronco de outra falsa seringueira, que ficava ao lado, e que foi suprimida no ano passado. Em 2024, análises da Prefeitura, do Comdema e do Ministério Público concluíram que a árvore estava condenada, com forte presença de cupins e brocas, queda constante de galhos secos e tronco em decomposição, representando risco para quem circulava pelo parque. A supressão ocorreu com retirada da copa, corte dos galhos e destocamento; os pareceres do Comdema e do CAEx, do Ministério Público, apontaram que o indivíduo estava em fase terminal, com rachaduras, fungos e vigor extremamente baixo, sem possibilidade de recuperação.

