Em 60 dias deve estar concluído o esboço do projeto do Parque Tecnológico em Piracicaba, que será o 6º do Estado de São Paulo. O prazo foi estipulado pelo secretário municipal da Indústria e Comércio, Luciano Almeida, durante entrevista coletiva realizada na tarde desta segunda-feira (05), em que fez um balanço sobre sua participação na Conferência Internacional sobre o Padrão dos Biocombustíveis, realizado nos dias 27 e 28 de fevereiro. Almeida fez parte de uma comitiva do Brasil, ao lado de representantes do Inmetro, Petrobrás, ANT, ABNT e Única/Ietha.
O secretário explicou que visitou o Parque Tecnológico de Bruxelas, constituído por 120 empresas, onde teve noção prática de como funciona o empreendimento. “Queremos instituir o parque de bicombustíveis, em parceria com a Esalq/USP.Trouxemos bastante informações e no próximo dia 24, haverá reunião com representantes da Esalq, da Secretaria Estadual de Ciências e Tecnologia e engenheiros e arquitetos que querem desenvolver o projeto”.
De acordo com o secretário, objetivo principal de um Parque Tecnológico é transformar conhecimento em riqueza em benefício da sociedade. O Parque Tecnológico é uma iniciativa da Secretaria Estadual de Ciência e Tecnologia que já está trabalhando na sua implantação em cinco cidades paulistas, que são Campinas, São José dos Campos, Ribeirão Preto, São Carlos e São Paulo.
Almeida afirmou que para determinada cidade receber o Parque Tecnológico, pesam fatores, como credibilidade e o município ser constituído por universidades fortes; capacidade científica instalada e potencial para atração de empreendimentos industriais de base tecnológica. “A instalação do Parque Tecnológico em Piracicaba trará inovação tecnológica, criação de empregos bem remunerados, renovando a economia da cidade e da região”.
O secretário avaliou ser importante a presença do Brasil na Conferência, que reuniu 35 países da União Européia e EUA, onde se discutiu principalmente o etanol e os biocombustíveis. Ele ressaltou que o interesse pelo etanol levará em conta fatores como impactos ambientais, a qualidade técnica e sustentabilidade. “Durante a conferência defendemos a especificação do etanol, para que ele tenha possa ser utilizado pelo mundo inteiro, com todas garantias comercias, sociais, econômicas e ambientais. A comunidade européia quer que o Brasil seja o grande precursor do projeto, pois nenhum país do mundo experiência de 30 anos no consumo e produção de etanol”.
Segundo Almeida, a presença na conferência trará reflexos positivos para Piracicaba, que faz parte da cadeia produtiva e a partir do momento que o etanol se transforme em uma comodotty, “haverá mais países comprando e consumindo, com consequente aumento de produção. E o município através de suas indústrias que fabricam equipamentos para a cadeia do etanol, se beneficiará”.
Para o secretário, o crescimento do interesse mundial pelo etanol é uma realidade. Lembrou que a Europa aumentará de 5 a 10% da mistura de etanol na gasolina já para 2012. “Vamos ter oportunidades concretas e claras e a tendência é esse interesse crescer cada vez mais”.