O Engenho Central recebeu no último domingo (02) um grupo de cerca de 300 motociclistas vindos da cidade de São Paulo. Seria mais uma reunião entre amigos apaixonados pelas duas rodas, a não ser por um detalhe. Ao invés de motocicletas de altas cilindradas, acostumadas a, como diria o caipira, "deitar o cabelo" por grandes distâncias, os cerca de 160 quilômetros que separam a capital paulista da Noiva da Colina foram tomados por scooters. As pequenas motos, projetadas para uso essencialmente urbano, não se fizeram de rogadas e tomaram as rodovias dos Bandeirantes e Luiz de Queiroz com destino aos restaurantes da região da Rua do Porto.

Ao chegar em Piracicaba, o grupo foi recepcionado por veículos e motocicletas da Semutrran (Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes) e Guarda Civil, que realizaram a escolta e o fechamento parcial de vias até o Engenho Central, onde equipes das Secretarias da Ação Cultural e do Turismo realizaram um esquema especial para a acomodação de todos os veículos.

Os responsáveis pela jornada são Sérgio Coda, 61, proprietário de uma revendedora de scooters sediada no bairro paulistano de Indianópolis, e o piracicabano Dirceu Françoso Júnior, 45, administrador. "Eu comprei uma Vespa com o Coda em São Paulo, e passei a visitar sua loja sempre. Até que um dia ele me disse que gostaria de fazer um passeio até aqui. Achei a ideia ótima, pensando que era um grupo de 20, 30 pessoas. Quando faltavam poucos dias ele entrou em contato comigo dizendo se estava tudo certo, que ia levar umas 300 pessoas. Tomei um susto", relembrou Françoso.

Coda realiza essa iniciativa há cerca de dois meses. "Esse é o quinto passeio que realizamos. Costumo dizer que não olhamos as motos que estão presentes, mas sim as pessoas. Reunimos pilotos de todas as idades, desde jovens de 18, 19 anos, até idosos. Muitos deles ainda não tinham experimentado o prazer de se pilotar em uma rodovia, com segurança", disse ele. "A scooter oferece uma relação diferente com o piloto. Ela não demanda troca de marchas, retomadas. Ela proporciona que o passeio seja aproveitado de forma plena. Viajamos sem pressa, com paradas programadas, para que todos curtam", completou.

Os trajetos de ida e de volta foram feitos em cerca de três horas, contando paradas de reabastecimento e a própria velocidade média das motinhas, que em rodovias fazem uma média de 80 km por hora. Todos os participantes dirigiram-se aos restaurantes da Rua do Porto, retornando ao Engenho por volta das 16h. Na saída da cidade o grupo também recebeu apoio da Semuttran e da Guarda Civil e chegou durante à noite na capital paulista.

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