Cerca de 100 profissionais do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) e Sistema Único de Saúde (SUS) participaram na manhã de hoje, dia 23/08, de encontro para apresentação dos serviços de atendimento à pessoa idosa. O evento foi realizado no auditório da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (Smads).
O objetivo foi discutir sobre as demandas da população idosa no município, por meio da apresentação de dados das redes de Saúde e Assistência Social, bem como dos desafios encontrados nos serviços específicos voltados a este público. A proposta segue para a construção de fluxo e protocolo municipal, articulado ao Conselho Municipal do Idoso (CMI).
Maria Cláudia Buoro Marques, enfermeira e membro do CMI, explicou que a rede de Saúde em Piracicaba conta com 74 equipamentos e que o maior desafio nesses locais, é atender a demanda de quando a pessoa idosa é sua própria cuidadora ou o seu cuidador é outra pessoa idosa. “Instrumentalizar o cuidador tem sido bem difícil. Muitas pessoas idosas moram sozinhas ou com parceiros que também são pessoas idosas e quando orientamos sobre os cuidados com o problema que os levou até as unidades de saúde, encontramos bastante dificuldade”.
Rafaela Mossarelli Penedo, enfermeira e coordenadora da Atenção Secundária (Especialidades) esclareceu que a porta de entrada na saúde é a Atenção Básica e quando a pessoa idosa precisa de atendimento especializado, é encaminhado para o Nasi, o Núcleo de Atenção à Saúde do Idoso. “Idealizado como um ambulatório para a pessoa idosa se consultar com demandas específicas, hoje, o Nasi está descentralizado com dois polos de atendimento na região sul e norte. Os polos recebem usuários encaminhados pelas unidades básicas de saúde e atendem às demências neurológicas, risco de queda e polifarmácias, entre outras”, pontua.
Sobre a Assistência Social, Rosimeire Bueno Jorge, superintendente da Proteção Social Especial e Regineide Carvalho, superintendente da Proteção Básica apresentaram informações, explicando que os casos de pessoas idosas que chegam na Assistência, passam pela Triagem, onde são encaminhados às respectivas proteções, a depender das denúncias, processos internos ou solicitações enviadas via e-mail. “Na Proteção Básica, os casos encaminhados são de situações de vulnerabilidade relacional, financeira e fragilidade de vínculos familiares para a prevenção da situação de risco ou violação de direitos. Já na Proteção Especial, são casos que já possuem violação de direitos”, observou Rosimeire Jorge.
A atuação da Assistência Social é trabalhar na construção ou reconstrução dos vínculos familiares e comunitários de pessoas idosas em acompanhamento pela rede socioassistencial, com a oferta de apoio, orientação e acompanhamento para a superação dos casos, por meio da proteção de direitos, preservação e fortalecimento das relações. “Temos no município, serviços como o Cras, Creas, Epsemc, Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos, Centro Dia Idoso, Serviço em domicílio da Básica e PEDI da Especial; além dos serviços no Lar Betel e Lar dos Velhinhos, que atendem pessoas idosas”, conclui.
A próxima reunião foi agendada para o dia 25/9, onde haverá apresentação dos fluxos específicos internos das redes de saúde e assistência social na perspectiva de um protocolo em conjunto.