Representantes de empresas do setor sucroalcooleiro de Piracicaba e região, ligadas ao Arranjo Produtivo Local do Álcool (Apla), participaram hoje (17) pela manhã, no Peru, da abertura do evento "Biocombustíveis: tecnologia da agroindústria produtora e processadora de cana-de-açúcar". Organizado pelo Apla, em parceria com a Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), o evento acontece na cidade de Trujillo, norte do Peru. O presidente do Apla, José Antonio de Godoy, falou do objetivo do evento que é divulgar a tecnologia brasileira no processamento e na produção de cana-de-açúcar e combustíveis renováveis. Para ele, o governo peruano, como também as universidades, tem demonstrado interesse na troca de experiências sobre o processo produtivo da cana de açúcar e do etanol. Desde o ano passado, o governo do Peru definiu que a gasolina do país poderá ter adição de até 7,8% de etanol. Por isso, os produtores estão buscando alternativas para enfrentar a demanda. Do evento participou o embaixador brasileiro no Peru, Jorge Taunay, que falou da parceria entre os dois países, com a construção e a instalação da primeira uma usina de etanol, na região de Piura, capaz de produzir 9 milhões de litros por ano, gerando a contratação de 2.600 empregos (diretos e indiretos). Para Taunay, o evento servirá para aproximar ainda mais brasileiros e peruanos, principalmente para discutir alternativas que reduzam ainda mais a dependência pelos combustíveis fósseis. Na abertura do evento, estiveram também presentes os presidentes da Associação Nacional de Produtores de Cana, Alejandro Pereda, e da Staap (Sociedade de Técnicos de Açúcar e Álcool), Marco Polo. Os dois destacaram a importância das conversas para aproximar os dois países. Polo, por exemplo, disse que o produtor peruano precisa conhecer a tecnologia e receber apoio do governo do seu país para diversificar a sua produção, ou seja, além do açúcar o etanol (álcool). RODADA DE NEGÓCIOS No período da tarde, a programação incluiu apresentações de empresas brasileiras e rodadas de negócios com compradores dos países participantes, além do Peru, Equador e Venezuela. O secretário-executivo do Apla, Flávio Castelar, disse que “esta ação permite que grupos brasileiros possam aproveitar o mercado peruano que tem se expandido depois que as usinas iniciaram processo de privatização e investimentos e têm interesse em aumentar a produção de etanol”. As oportunidades de negócios para empresas brasileiras no Peru vêm dos constantes investimentos em usinas de grande porte, com capacidade de processamento entre 20 e 30 mil hectares de cana-de-açúcar. Há previsão de construção de cinco usinas no país nos próximos anos. “Os empresários associados ao Apla têm neste evento a possibilidade de abrir espaço em um mercado em plena expansão”, diz Castelar. Segundo ele, o setor produtivo peruano passa por uma reestruturação, devido à adição de 7,8% de etanol na gasolina, que deve ocorrer a partir de junho de 2011. Entre as empresas brasileiras que participam do evento estão a Açoforja, Bog Tecnologia, Cimesava, Edra, Equilíbrio, Equipalcool, Exal, Fernavan, Fundição Água Vermelha, Gasil, General Chains, Interunion Solution, JW, Mausa, MecMont, Prominas, Sermatec, Smar, Translink e Turbimaq.
Empresas do Apla discutem Biocombustíveis no Peru
Por Comunicação Social /
Publicado em 18/11/2010
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