Serviços foram intensificados no fim de semana e nesta segunda-feira, 22-07

A força-tarefa criada pela Prefeitura de Piracicaba para retirada dos peixes mortos no bairro Tanquã, recolheu 98,13 toneladas de material do rio Piracicaba. As equipes atuam desde o dia 17/07, trabalharam durante todo o fim de semana e também hoje, 22/07; a operação Pindi-Pirá é idealizada pela Prefeitura de Piracicaba e tem colaboração da Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) e da Fundação Florestal (FF) e coordenação da Polícia Militar Ambiental e Defesa Civil do Estado de São Paulo.

Os trabalhos foram intensificados ontem e hoje, com aumento de pessoal, incluindo cinco guardas municipais de Piracicaba, além de efetivo da PM Ambiental e da Defesa Civil de São Paulo. A retirada é feita de forma manual, com passaguás, e com o auxílio de dois hidrotratores operando simultaneamente; cada máquina consegue carregar cerca de 100 quilos de uma vez – considerando também a vegetação flutuante existente, já que os peixes estão acumulados no meio das plantas em diversos pontos do rio. Além disso, há uma embarcação de areia, escavadeira e retroescavadeira e barcos menores.

Retirada é feita por meio de dois hidrotratores, que depositam o material em uma embarcação de areia

A força-tarefa da Prefeitura conta com as secretarias de Governo (Semgov), Infraestrutura e Meio Ambiente (Simap), Obras e Zeladoria (Semozel), Guarda Civil e a Defesa Civil, empresas parceiras e moradores locais.

Entre as toneladas de peixes estão várias espécies, como dourados, mandis, curimbatás. 

Os tratores aquáticos retiram o material – peixes mortos – do rio, transferem para uma embarcação de areia, cedida pelo Porto de Areia Graminha. Depois de cheia, a embarcação segue para rampa montada na Chácara Estrela, do pescador José Benedito Veronez, o Paraná, que auxilia na operação desde o início. Depois, os peixes são retirados da embarcação com uma escavadeira e uma retroescavadeira os coloca em caminhões da Ambiental, empresa terceirizada da Prefeitura de Piracicaba, que leva o material até o aterro sanitário, em Piracicaba, para descarte correto. A Prefeitura montou no mesmo local, a Chácara Estrela, um ponto de apoio com infraestrutura para seguir com a operação Pindi-Pirá.

Em seis dias, operação retirou mais de 98 toneladas de material orgânico do rio Piracicaba, no bairro Tanquã

A operação conta ainda com o apoio das empresas Hidrotractor, Ambiental, Ecoterra, Raizen, Tectextil, Grupo São Martinho – Usina Iracema.

ÁREA DE PROTEÇÃO – O Tanquã-Rio Piracicaba é considerado uma Área de Proteção Ambiental (APA) desde 2018 e compreende um espaço de 14.057,3000 hectares, abrangendo os municípios de Anhembi, Botucatu, Dois Córregos, Piracicaba, Santa Maria da Serra e São Pedro.

De acordo com informações da Fundação Florestal, no local ocorrem 94 espécies de aves aquáticas, 16 das quais realizam movimentos migratórios e oito estão ameaçadas no estado. Entre os mamíferos e os répteis ameaçados de extinção, há a onça-parda, o lobo-guará, a jaguatirica e o jacaré-de-papo-amarelo. Já entre os peixes, as espécies piracanjuba, curimbatá-de-lagoa, pacu e pintado integram a lista de ameaçados de extinção.

A secretária de Governo, Tássia Espego, com o efetivo da Guarda Municipal de Piracicaba, que está auxiliando na retirada manual dos peixes