A Secretaria de Obras (Semob) concluirá em duas semanas, se assim as condições climáticas permitirem, a adaptação do prédio ao lado do Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Vila Rezende, onde antes abrigava a Guarda Civil Municipal. Após ser desocupado, o local passa por reformas, com adaptações necessárias para a instalação de uma nova sede do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU).Os trabalhos são executados pela Construtora Unaí, com investimento de R$ 30 mil.

Finalizadas as obras, o prédio terá recebido fechamento, em alvenaria, de uma sala no fundo que será utilizada para descanso dos plantonistas, com abertura de janelas. Na fachada, instalados dois portões automáticos em ferro na garagem, ampliada. O piso cerâmico da fachada, substituído e ampliado. A Semob terá feito, ainda, revisão das redes elétrica e hidráulica, além de outros serviços e reparos necessários. Antes da entrega à população, todo entulho remanescente será removido e o prédio passará por limpeza geral. Ao término da reforma, a sede do Samu contará com pérgolas na entrada, uma ampla garagem com duas entradas, duas salas de uso, depósito, dois banheiros, área de banho, cozinha e sala para descanso.

A preocupação da Administração Municipal em diminuir o tempo de espera para os chamados de urgência na cidade é evidente. Segundo o secretário de Saúde, Fernando Cárdenas, quando a unidade for entregue estará completa a descentralização das ambulâncias do SAMU, melhorando o tempo de resposta no atendimento de urgência para os chamados da região norte da cidade. Já está em operação a sede do SAMU no bairro Cecap/ Eldorado. “Antes, o tempo de deslocamento da viatura da sede na Paulista até a região do Cecap era de aproximadamente 15 minutos, variáveis de acordo com o trânsito e bairro. Com a nova sede, o tempo de deslocamento foi reduzido pela metade, variando entre 5 e 7 minutos. O mesmo acontecerá na região da Vila Rezende”, informou Fernando Cárdenas.

Atendimentos Dos atendimentos, aproximadamente 45% são ocorrências de APH secundário (Atendimento Pré-Hospitalar). São os chamados onde as pessoas que já foram previamente avaliadas por algum profissional de saúde em alguma unidade de saúde. Por exemplo, um paciente está na UPA (Unidade de Pronto Atendimento ou Pronto Socorro) e precisa de uma avaliação no COT (Central de Ortopedia e Traumatologia), um paciente que está na UPA precisa de um exame especializado ou também para todas as internações hospitalares (das UPAs para Santa Casa, HFC e hospitais fora do município). São cerca de 650 transportes para internações.

Os outros 55% são atendimentos em APH primário, que são as ocorrências nas vias públicas, residências, escolas, empresas, fábricas etc. São traumas, tais como acidentes de trânsito, quedas, ferimentos por arma de fogo, ferimentos por arma branca, entre outros. Também se enquadram casos clínicos (falta de ar, convulsões, dor no peito, intoxicações, AVC, desmaios), pacientes psiquiátricos, gestantes e crianças. Todos os atendimentos são relatados via rádio ao Médico Regulador que define pra onde deverá ser encaminhado: UPAs, COT ou hospitais, dependendo do tipo de ocorrência.

A urgência no atendimento é determinada pelo Médico Regulador, que classifica as ocorrências por cores. Assim, o tempo resposta, que é o período entre a ligação no 192 e o momento da chegada da ambulância no local, depende de vários fatores. Um deles é o grau de urgência da ocorrência. O outro é a distância e tempo de deslocamento da viatura. As ocorrências mais graves são classificadas como Vermelha. A liberação da viatura é praticamente imediata. São casos de vítima inconsciente, parada cardio respiratória e acidentes graves. Com a gravidade um pouco menor são as ocorrências classificadas como Laranja, depois Amarela e Verde, que são as menos graves. É o Médico Regulador quem conversa com o solicitante, avalia e classifica a ocorrência.

A frota circulante de ambulâncias de Piracicaba é de seis USB e uma USA (Unidade de Suporte Avançado). A primeira é uma viatura tripulada por um condutor treinado como socorrista e um técnico de enfermagem, e equipada com materiais/equipamentos para manter a vida da vítima. O Ministério da Saúde preconiza que deve haver uma USB para cada 150 mil habitantes. Assim, Piracicaba conta com duas além do sugerido pelo Ministério. Já a viatura USA é tripulada por um condutor treinado como socorrista, um enfermeiro e um médico, e equipada com materiais/equipamentos de uma UTI. É a ambulância que popularmente chamam de UTI Móvel. O Ministério estipula uma ambulância deste tipo para cada 400 mil habitantes.

Além da frota, Piracicaba conta com ambulâncias USB de reserva para suprimir os momentos de manutenção desses veículos. Temos há outra USA equipada para fazer as transferências de pacientes para hospitais fora do município.