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Em coletiva de imprensa, Prefeitura esclarece situação da mortandade de peixes do rio Piracicaba

Laudo preliminar identificou descarte irregular de resíduos industriais, originários de usina; força-tarefa é criada para limpeza do rio

Por CCS / Publicado em 10/07/2024
Tempo de leitura: 4 minutos.
Evandro Fischer, Adriano Queiroz, Luciano Almeida, Ronaldo Cançado e Artur Santos durante a coletiva de imprensa realizada hoje, 10/07

A Prefeitura de Piracicaba convocou hoje, 10/07, uma coletiva de imprensa para esclarecer as questões referentes à mortandade de peixes no rio Piracicaba, registrada na manhã do último domingo, dia 07/07, no rio Piracicaba. A mortandade foi constatada pela Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Meio Ambiente (Simap), Semae e Pelotão Ambiental da Guarda Civil Metropolitana, que acionou a Cetesb e a Polícia Militar Ambiental para a busca da causa do episódio. A Cetesb, então, elaborou laudo preliminar que identificou o descarte irregular de resíduos industriais, originários da Usina São José, localizada em Rio das Pedras. Diante do laudo, a Prefeitura já acionou o Ministério Público para que notifique a prefeitura da cidade vizinha. A Administração também criou força-tarefa para limpeza e retirada dos peixes do rio Piracicaba (leia abaixo).

Participaram da coletiva o prefeito Luciano Almeida, o titular da Simap, Ronaldo Cançado; o presidente do Semae, Artur Santos; o gerente regional da Cetesb, Evandro Fischer; e o diretor de controle e licenciamento ambiental da Cetesb, Adriano Arrepia de Queiroz.

O problema inicial foi identificado pelo Semae, que notou alterações na oxigenação das águas do rio Piracicaba, por meio da estação de monitoramento da autarquia, às 4h do domingo, 07/07, e o agravamento por volta das 6h.

Assim, Semae e Simap imediatamente acionaram a Cetesb. A companhia, então, localizou a fonte poluidora e interrompeu o descarte irregular de resíduo industrial, além de iniciar análises das amostras coletadas para definir as punições cabíveis à usina responsável, que incluem multa gravíssima e encaminhamento para apuração de crime ambiental, além de ajustes de conduta por parte da empresa. O valor da multa, segundo a companhia, varia entre R$ 500 e R$ 50 milhões.

A Prefeitura de Piracicaba, agora, segue monitorando a qualidade da água do rio, assim como o deslocamento dos peixes e também pretende exigir do responsável o repovoamento, com a soltura de alevinos

FORÇA-TAREFA – Em reunião com Cetesb, Simap, Semae, Secretarias de Governo (Semgov) e de Obras e Zeladoria (Semozel), Defesa Civil, Polícia Militar Ambiental, Agência PCJ, Fundação Florestal, Amoporto, Instituto Beira Rio e Associação Remo Piracicaba na manhã de hoje, a Prefeitura estabeleceu a criação de uma força-tarefa para limpeza e retirada dos peixes do rio Piracicaba.

Com o uso de barcos e caiaques, a equipe deve iniciar o trabalho entre hoje e amanhã, para recolhimento dos peixes principalmente das margens do rio. O peixes mortos serão encaminhados para a terceirizada responsável, a Piracicaba Ambiental, que fará o descarte correto, de modo a não permitir contaminação do solo ou da água.

NOTA – A Cetesb emitiu nota sobre o ocorrido, relatando que, dados do SIMQUA (Sistema de Monitoramento da Qualidade da Água), mostram que na manhã desta quarta-feira, a concentração de oxigênio dissolvido na água do Rio Piracicaba está normalizada. Isso porque a fonte de poluição, que causou a mortandade dos peixes, foi eliminada ontem, segunda-feira, dia 08/07.

Conforme a nota, o laudo das amostras das coletas para análises laboratoriais feitas no rio, com os dados específicos, está previsto para ficar pronto na próxima terça-feira, 16/07.


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