Na tarde de ontem, 23/04, o Anfiteatro da Secretaria Municipal de Educação foi palco de um evento que integra as ações do Mês de Conscientização sobre o Autismo. Diretores, coordenadores e professores do Numape (Núcleo Municipal de Apoio Pedagógico a Educação Especial) se reuniram para um momento de aprendizagem sobre o atendimento ao aluno com Transtorno do Espectro Autista (TEA).
O objetivo foi promover uma reflexão sobre a inclusão dos alunos com TEA, visando proporcionar um ambiente educacional cada vez mais acolhedor e inclusivo.
O evento teve início com a apresentação de um depoimento em vídeo da professora da Escola Municipal Nathalio Zanotta Sabino, Lianara de Oliveira Moura Cano, que foi diagnosticada com TEA nível 1 já na vida adulta, quando começou a dar aulas. Ela contou sobre as dificuldades que a acompanharam por toda vida e relatou também sobre como o diagnóstico a ajudou a entender e melhorar sua qualidade de vida.
“Eu não mudei depois do diagnóstico de autismo, o que mudou foi que eu passei a compreender o quanto eu mascarava a minha essência e o que eu apresentava para o mundo. Comecei a dedicar menos tempo a tentar me encaixar como uma pessoa neuroatípica e passei a evitar situações que me sobrecarregavam”, disse Lianara, em vídeo gravado no Numape.
O evento também contou com a palestra Escola, onde a inclusão começa a acontecer de fato!, da pedagoga e neuropsicopedagoga, Andréa Jamaica Alves Mesquita. Ela compartilhou sua expertise em Educação Inclusiva, abordando temas de grande importância, como: o plano educacional individualizado (PEI), as práticas inclusivas no ambiente escolar, Análise do Comportamento Aplicada (ABA) e capacitismo.
A palestrante apresentou estratégias que os educadores podem utilizar no cotidiano para estabelecer um ambiente escolar genuinamente inclusivo, promovendo o pleno desenvolvimento de cada aluno e respeitando as diferenças.
“Acredito firmemente que a verdadeira inclusão começa na escola, então temos que oportunizar e destacar estratégias fundamentais para criar um ambiente onde cada aluno possa prosperar, independentemente de suas diferenças. Espero que as ideias compartilhadas inspirem educadores a promoverem uma educação mais inclusiva e equitativa para todos os alunos”, comentou Mesquita.
A diretora do Numape, Vanessa Souto, enfatizou a importância das discussões e conscientização sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA). “As palestras e formações não apenas fornecem informações sobre o TEA, mas também capacitam os professores a entender e identificar as dificuldades dos alunos em sala de aula. Ao aumentar a conscientização e o conhecimento sobre o transtorno, estamos capacitando nossos educadores a oferecer um ambiente de aprendizado mais inclusivo, onde cada aluno possa alcançar seu potencial máximo.”