Domingo tem humor no Municipal
Heloisa Perissé e grande elenco estarão na comédia “Advocacia segundo os Irmãos Marx”, que será apresentada no próximo domingo (dia 27), no Teatro Municipal “Dr. Losso Netto” de Piracicaba, a partir das 20 horas. A produção é assinada pela GT Produções Artística (Graça Mota e Thonny Piassa) responsáveis pela vinda dos principais espetáculo do eixo Rio-SP Os ingressos custam R$ 40,00 (JP/Unimed R$ 30,00; estudante, idoso e professores estaduais R$ 20,00). Classificação: 12 anos.
A peça conta a história de uma advogada corrupta (Heloisa Perissé) rodeada por assistentes preguiçosos, golpistas, mas muito simpáticos. No elenco, três gerações de humoristas: Roberto Guilherme, o eterno Sargento Pincel dos Trapalhões; Heloisa Périssé; e os atores do Z.É. – Zenas Emprovisadas (Fernando Caruso, Marcelo Adnet, Rafael Queiroga e Gregório Duvivier).
A direção é de Fabiana Valor e Bernardo Jablonski, que também escreveu os textos, livremente inspirados na obra dos Irmãos Marx, principalmente nos programas de rádio levados ao ar entre 1932 e 1933.
Jablonski conta que tentou selecionar o melhor da obra dos Irmãos Marx na hora de escrever as seis pequenas histórias. "O elenco que conseguimos reunir é maravilhoso. Heloisa, que interpreta a personagem Yasmin Robalo, incorpora o Groucho Marx de uma forma impressionante, ela tem uma agressividade simpática e muita inteligência cênica. O Roberto Guilherme é um mestre da comédia e os meninos do Z.É. têm o dom do improviso."
Fabiana Valor conta que, para animar a transição de um esquete para o outro, os atores do Z.É. fazem improvisações inspiradas no Código Penal e Civil. "Assim o público se diverte enquanto espera a próxima história", diz Fabiana, que faz o quinto trabalho ao lado de Jablonski. A dupla dirigiu Maroquinhas Fru-Fru; Eu, Henrique Viana…; Triunfo Silencioso; e Os Cigarras e Os Formigas, todos indicados pela crítica especializada.
Roberto Guilherme, que tem 46 anos de carreira e 25 anos na pele do simpático vilão Sargento Pincel, elogia o trabalho de grupo em Advocacia. "A grande estrela é o espetáculo, e com isso quem ganha é o público. E a gente acaba se divertindo muito fazendo. São situações do dia-a-dia com as quais o espectador certamente vai se identificar."
Para Fernando Caruso, Jablonski conseguiu dar um tempero brasileiro aos textos do Irmãos Marx. "O texto é muito engraçado, tem uma piada a cada três linhas. E Heloisa faz a gente rir antes, durante e depois da peça."
Advocacia Segundo Os Irmãos Marx foi montado experimentalmente no Tablado no início dos anos 90 e desde então Heloisa e Jablonski acalentavam o sonho de apresentar a peça para o grande público. A atriz interpreta a mesma personagem 17 anos depois da primeira montagem. Na época a encenação contou também com Lucio Mauro Filho, Luiz Carlos Tourinho e Maria Clara Gueiros.
"Advocacia… fez sucesso no Tablado, a própria Maria Clara Machado gostou tanto que bancou a produção da peça. Na época que estávamos pensando em montar profissionalmente, comecei a fazer Cócegas. Eu não imaginava que a peça fosse fazer tanto sucesso, acabamos ficamos 7 anos em cartaz e engavetei o projeto dos Irmãos Marx", diz Heloisa Périssé.
O espetáculo tem 45 figurinos e cada ator troca de roupa de 5 a 7 vezes. "Por conta de tantas trocas, tive que pensar em roupas práticas. Nesta peça não tem o que inventar, tudo prima pela simplicidade, o mais importante é a caracterização de tipos. A roupa da personagem da Heloisa, por exemplo, tem uma sofisticação duvidosa. Para ela o toque especial é o sapato. Já para os Ravellis, assistentes da advogada, trabalhei com camisas antigas de times de futebol, queria uma coisa mais popular, todos vestem camisas parecidas. As secretárias também vestem as mesmas roupas, mas com padronagens diferentes. Em 20 dias preparei o figurino, foi uma correria gostosa", conta o figurinista Nello Marese.
O cenário é de Ronald Teixeira, que revela ter se inspirado no teatro portátil itinerante. "Os atores manipulam o cenário, cada um acaba funcionando como um diretor de palco. Eles abrem e fecham as cortinas que desvendam para o público o cenário de cada esquete, tem a casa da milionária, o ringue de boxe, o teatro dentro do teatro… A direção queria algo lúdico e dinâmico. Os atores justificam a cenografia dramaticamente."
Quem assina a luz é Renato Machado. "O cenário por si só já cria o ambiente. Então trabalhei com muito brilho e luz branca, só tem cor no esquete que se passa num teatro. A luz é muito aberta, no intuito de mostrar mesmo os personagens. A peça tem um humor rasgado, então temos que aproveitar os atores", completa.
Ficha técnica
Elenco:
Heloisa Périssé
Z.É. – Zenas Improvisadas (Fernando Caruso, Marcelo Adnet, Gregório Duvivier e Rafael Queiroga)
Nedira Campos
Diana Herzog
Roberto Guilherme (ator convidado)
Direção: Bernardo Jablonski e Fabiana Valor
Cenário: Ronald Teixeira
Figurino: Nello Marese
Luz: Renato Machado
Realização: Chaim Produções e HP Produções
Produção Local: GT Produções Artísticas – www.teatrogt.com.br
