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Diagnóstico identifica 530 mil árvores na malha urbana

Por Comunicação Social / Publicado em 06/03/2020
Tempo de leitura: 6 minutos.

A zona urbana de Piracicaba possui cerca de 530 mil árvores distribuídas em áreas verdes do sistema viário (ruas e avenidas), parques e praças públicas, propriedades particulares e APPs (áreas de preservação permanente). Esse número superlativo é apenas um dos indicadores do 'Diagnóstico do Plano de Arborização de Piracicaba', estudo encomendado pela Prefeitura de Piracicaba, por meio da Secretaria de Defesa do Meio Ambiente (Sedema), cujos resultados foram apresentados nesta semana.

Esse mapeamento sobre a situação arbórea de Piracicaba no perímetro urbano será o subsídio para a elaboração futura do Plano Municipal de Arborização Urbana. O diagnóstico foi apresentado pela empresa Propark Paisagismo e Ambiente ao secretário municipal de Defesa do Meio Ambiente, José Otávio Menten, técnicos da Sedema, representantes do Instituto de Pesquisas e Planejamento de Piracicaba (Ipplap), da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) e da empresa terceirizada que presta serviços de poda na cidade.

Iniciado em setembro de 2019, o diagnóstico feito pela Propark utilizou imagens de satélite para a sua produção. As imagens espaciais foram submetidas a tratamentos de contraste e outros procedimentos específicos para a obtenção dos dados. “O maior desafio foi diferenciar o verde arbóreo do verde que é o revestimento vegetal de gramas. Fizemos mais de 30 mil testes no computador para chegarmos a 92% de precisão dessas imagens”, conta Marcelo Leão, sócio-proprietário da empresa contratada por meio de licitação.

Numa etapa seguinte, as imagens de satélite foram cruzadas com mapas e informações sócio-geográficas das cinco macrorregiões urbanas da cidade (norte, sul, leste, oeste e Centro, que englobam uns 70 bairros), fornecidos pelo Ipplap. O diagnóstico apontou que a cobertura árbórea na malha urbana de Piracicaba “é bem distribuída” e corresponde a 22,7% (ou 52,18 km²) da área territorial urbana do município, que é 229,66 km², segundo o Plano Diretor Municipal.

Foco da pesquisa são as 96.448 árvores que ficam em calçadas e canteiros ALVO PRINCIPAL – O foco da pesquisa são as 96.448 árvores que foram identificadas em calçadas e canteiros do sistema viário. Hoje, a gestão e o manejo de árvores em ruas e avenidas é um dos grandes desafios de cidades em todo o mundo, enfatizam os especialistas em arborização urbana. “Essas árvores localizadas no sistema viário, que são aquelas que estão mais próximas ao munícipe, são o foco do problema. Porque estão em espaços artificiais, com condições específicas de solo e calçadas que impedem o desenvolvimento radicular. Essas árvores são o 'calcanhar de Aquiles' de toda gestão pública”, afirma Marcelo Leão.

Durante a exibição dos dados, José Flávio Machado Leão, sócio e fundador da Propark, salientou a necessidade de uma mudança de paradigma no que diz respeito ao manejo de árvores em zonas urbanas. “O poder público, a população, o Ministério Público, ambientalistas e outros agentes, precisam entender que a árvore de rua é um equipamento urbano assim como uma lâmpada, uma placa, um abrigo de ônibus, um poste de iluminação. Quer dizer, tem uma função específica, precisa de manutenção preditiva e preventiva e um dia precisa ser substituída”, declara.

De acordo com o secretário de Meio Ambiente, o diagnóstico apresentado mostra que a arborização em Piracicaba está numa situação satisfatória. “Entretanto, há a necessidade de aprimoramentos. As principais ações a serem desenvolvidas, envolvendo plantio, poda, corte e destoca em vias públicas e áreas verdes deverão utilizar métodos mais modernos visando atender as metas definidas pelo governo Barjas Negri: sustentabilidade e qualidade de vida dos piracicabanos", afirma o secretário Menten. PESQUISA E AÇÕES FUTURAS – Durante o diagnóstico também aconteceu uma pesquisa realizada junto à população, para identificar suas preocupações quanto à arborização urbana. Foram elencadas questões como destruição de calçadas, problemas com a rede de energia, redução da iluminação e queda de árvores e galhos.

Com a conclusão desta radiografia sobre a presença de árvores no município, o projeto entrará numa fase de análises e interpretações para, então, ser iniciada a elaboração do Plano de Arborização – que deve englobar ações como a requalificação da legislação, aperfeiçoamento do sistema de gestão, definição de áreas prioritárias de plantio, a sugestão de procedimentos operacionais (implantação, manutenção, monitoramento e fiscalização) e programas complementares (como produção de mudas, tratamento de resíduos, treinamento de equipes e educação ambiental).


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