Na última quinta-feira (22), um grupo de aproximadamente 40 pessoas do Consimares (Consórcio Intermunicipal de Manejo de Resíduos Sólidos da Região Metropolitana de Campinas) visitou a CTR (Central de Tratamento de Resíduos), localizada no Bairro Palmeiras. O pioneirismo de Piracicaba na área de gerenciamento de resíduos sólidos vem atraindo cada vez mais visitantes, não só do Estado de São Paulo, como também do Brasil e até de países vizinhos.
O prefeito Barjas Negri e o presidente da Piracicaba Ambiental, Gerson Grutolla, receberam os visitantes interessados em soluções de vanguarda, a exemplo de Piracicaba, para a destinação correta dos resíduos sólidos em seus municípios, conforme prevê o Plano Nacional de Resíduos Sólidos – PNRS, em vigência desde 2010, que proíbe a instalação de novos aterros sanitários.
O engenheiro agrônomo da Sedema e ex secretário do Meio Ambiente, Rogério Vidal, relatou um pouco da experiência de Piracicaba na área de resíduos, desde a primeira posse de Barja – quando encontrou o Aterro do Pau Queimado interditado pela Cetesb – até hoje, quando a cidade passou a ser referência para muitos municípios.
Barjas falou sobre a importância de se buscar novas tecnologias. “O que temos hoje aqui – e que surpreende muito os visitantes – na Europa não é novidade. É muito comum. Foi o que fizemos quando nossos técnicos visitaram a Alemanha em busca de soluções mais modernas e eficazes na área de resíduos”, afirmou.
Denis Andia, prefeito de Santa Bárbara D’Oeste na segunda gestão, também visitou outros países para conhecer novas tecnologias. Ele ressaltou o pioneirismo da iniciativa de Piracicaba e a visão de Barjas com a implantação uma CTR. “Desses locais que visitamos, e tudo o que aprendemos e observamos lá fora, é exatamente o que vocês têm aqui e que considero ainda melhor, por vocês terem adaptados às condições e às nossas necessidades”, disse Andia.
O Consimares é composto por 14 municípios, entre eles, Nova Odessa, Monte Mor, Ipeúva, Elias Fausto e inclusive Sumaré, administrado por Luís Dalben. Dalben ficou muito entusiasmado, “O que conhecemos em Piracicaba é muito diferente do que estamos acostumados a ver nos aterros aanitários. Isso aqui é o futuro”, afirmou.
Benjamin V. Souza, presidente do Consórcio e do PCJ, visitou o local em 2014, no início das obras e se surpreendeu ao ver o Ecoparque em pleno funcionamento. Segundo ele, o objetivo da visita do Consimares é mostrar aos prefeitos e vereadores os avanços na questão de resíduos sólidos desde a aprovação do Plano Nacional de Resíduos Sólido e ver como devemos proceder de agora em diante.
Pioneirismo de Piracicaba no tratamento de resíduos surpreendeu prefeitos da região
O ECOPARQUE – A PPP (Parceria Pública Privada) dos resíduos sólidos domiciliares foi constituída pela Prefeitura de Piracicaba em 2012, onde contratualmente, a empresa vencedora do processo licitatório é responsável pela a execução de uma série de ações: execução de serviços de limpeza pública e manejo de resíduos sólidos através da coleta, transporte, tratamento e destinação final de resíduos sólidos domiciliares, implantação da Central de Tratamento de Resíduos Palmeiras e também de um aterro sanitário para os rejeitos (moderno), encerramento do Aterro Pau Queimado, coleta seletiva, varrição, entre outras.
Para atender a todas estas demandas, foi construído o complexo Ecoparque, onde está instalado o Central de Tratamentos de Resíduos – CTR Palmeiras, uma usina de processamento da fração orgânica de resíduos sólidos domiciliares e o aterro de rejeitos.
O Ecoparque, da empresa Piracicaba Ambiental, fica localizado na Rodovia Dep. Laércio Corte – SP 147 – KM 128, tem capacidade para processar até 2000 toneladas/dia e hoje processa 400 toneladas diárias de resíduos domiciliares, o que atende a 100% da demanda municipal.
O Ecoparque possui equipamentos de última geração específicos para a disposição, compactação e cobertura adequada de acordo com os padrões técnicos da CETESB, na área de aterro de rejeitos, a empresa processa os resíduos domésticos que são coletados nas ruas da cidade.
A fração orgânica (lixo úmido) sofre um processo de fermentação, transformado em composto orgânico (que poderá ser usado como fertilizante) e em matéria prima para geração de energia. A fração seca, que não foi coletada seletivamente porta-a-porta é separada.
O material passivo de reciclagem é encaminhado para tratamento e o que possui poder calorífico é transformado em matéria para geração de energia. Por fim, uma pequena fração, chamada rejeito, que não pode ser "compostada" ou reciclada é encaminhada para o aterro de Rejeitos.