Com o objetivo de capacitar profissionais dos serviços da Proteção Social Básica, da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (Smads), o Centro de Referência de Atendimento à Mulher (Cram) realizou hoje, dia 13/09, capacitação sobre os sinais de violência doméstica. O evento contou com a participação de cerca de 60 técnicos, que trabalham com a prevenção de agravos que possam provocar rompimento de vínculos familiares e sociais, de pessoas em situação de vulnerabilidade social.
Durante o encontro foram apresentadas informações sobre o trabalho do Cram e os sinais de alerta em mulheres que se encontram em situação de violência doméstica e homens agressores. Zaira Barakat, advogada do Cram apresentou os sinais mais frequentes entre as mulheres, como lesões físicas, hematomas recorrentes, mudanças repentinas de comportamento, isolamento social, relutância em falar sobre o parceiro, vestimentas inapropriadas para ocultar lesões, falta de controle sobre suas próprias finanças. “Estes são alguns sinais que podem ser observados durante o atendimento nos Cras e outros serviços de proteção e prevenção. A partir daí é possível identificar a agressão, orientar e fazer encaminhamentos necessários para a pessoa”, explicou.
Os homens que cometem a agressão, geralmente demonstram um comportamento controlador, é ciumento ou possessivo, tem explosões de raiva, tendência a isolar a vítima de amigos ou familiares, justificativas constantes para as lesões da vítima ou minimização de seus atos agressivos e histórico de violência em seus relacionamentos anteriores.
Zaira Barakat falou ainda sobre o “violentômetro”- uma forma simples e direta para demonstrar os comportamentos que podem caracterizar uma violência e o nível de perigo que a pessoa está vivenciando. Nele é possível identificar três níveis de perigo, sendo de Atenção (violência presente); Alerta (denuncie e peça ajuda) e Perigo (sua vida está em risco); apresentando também, informações sobre ações de proteção à mulher em Piracicaba, como por exemplo, a Patrulha Maria da Penha para mulheres com medida protetiva e o botão do pânico da Guarda Civil Municipal (GCM) e Polícia Militar (PM). “Essas informações facilitarão as orientações necessárias durante o atendimento”, disse a advogada do Cram.
O Cram atende toda pessoa que se identifica com o gênero feminino, que julgar estar em situação de violência pautada nas questões de gênero, dentro do ambiente doméstico. O serviço da Smads, executado em parceria com o Cesac realiza acompanhamento com acolhida, atendimento individual, orientações sociojurídicas e encaminhamentos para os serviços da Proteção Social Básica, de saúde, órgãos de segurança pública, serviços da rede de proteção à mulher e oferta imediata de acolhimento (emergencial e abrigo) em caso de risco iminente de morte.