Com mais de 165 mil primeiras doses da vacina contra Covid-19 aplicadas, mais da metade da população de Piracicaba com 18 anos ou mais já começou o processo de imunização contra a doença. De acordo com o Vacinômetro do Governo do Estado de São Paulo, a Prefeitura de Piracicaba, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), aplicou até hoje, 05/07, 167.018 primeiras doses, o que representa mais da metade das pessoas com 18 anos ou mais. De acordo com o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Piracicaba tem 290.605 pessoas acima dessa faixa etária.

Ao todo, o município já aplicou até hoje 224.533 doses da vacina contra Covid-19, entre primeiras e segundas doses e dose única. Foram 167.018 primeiras doses, 55.117 segundas doses e 2.398 doses únicas. Esses números incluem diversos grupos da população e trazem, em especial, esperança para todos os piracicabanos.

No município já são vacinadas pessoas com 40 anos ou mais; pessoas com comorbidades; pessoas com deficiência permanente; gestantes e puérperas; profissionais da educação; profissionais do transporte coletivo (motoristas); pessoas com síndrome de Down; e pessoas transplantadas de órgão sólido e medula óssea imunossuprimidas.

“Sabemos que ainda temos um árduo caminho pela frente. Mas, a cada nova vacina aplicada, renasce a esperança por dias melhores. Com a ampliação da vacinação, o número de internações nas UTIs e enfermarias vai diminuir, assim como o número de óbitos que atingiram centenas de famílias na cidade. Falta pouco para nossa cidade voltar a sorrir, isso graças à vacinação”, afirma o prefeito Luciano Almeida.

A esperança da professora Débora Cardoso de Campos, 28 anos, que atua na Escola Municipal João Perin, no bairro Nova Suíça, é ver as crianças voltarem à escola, para um trabalho intensivo de recuperação. Ela recebeu a 1ª dose da vacina contra Covid-19 no dia 21/06. “Durante esse ano eu não consegui me posicionar em relação ao retorno das aulas. Apesar da preocupação com a situação sanitária, pude perceber, por meio dos meus alunos, o quanto esse isolamento social foi prejudicial para a saúde mental deles. Minha esperança é que agora as escolas consigam dar início a um trabalho significativo de recuperação intensiva não só da aprendizagem, mas também dos laços de afeto que permeiam a educação”, afirma Débora.

Professora Débora tomou a 1ª dose no dia 21 de junho | Foto: Andressa Mota/CCS

Para a autônoma Ana Caroline Fraga, 27 anos, a sua vacinação com a 1ª dose, no grupo prioritário de pessoas com comorbidades, significou “tudo”. A partir de agora e com a vacinação de toda a população, ela vislumbra dias melhores, com menos óbitos e casos da doença, após mais de um ano da pandemia. “A minha esperança é que todos se vacinem por completo o quanto antes e nossas vidas retornem ao normal”, afirma.

Ana Caroline vislumbra dias com menos casos e óbitos com a vacinação contra Covid-19 | Foto: Andressa Mota/CCS

Thiago Pereira da Silva, 37 anos, é operador de máquinas e recebeu a 1ª dose da vacina em 05/06, por pertencer ao grupo de pessoas com deficiência permanente, pois é surdo. Conta que ficou feliz, uma vez que, com a superação da Covid-19, também vê em um futuro próximo melhorias nos índices da saúde e também na economia. Thiago lembra o quanto tantas famílias têm enfrentado dificuldades nesta pandemia, além das empresas. “Já chegou a vacina, graças a Deus, teremos mais segurança”, comenta.

Thiago Pereira acredita que a vacina vai trazer dias melhores | Foto: Arquivo Pessoal

CUIDADO COLETIVO – A autônoma Andrea Fusato, 49 anos, recebeu a 1ª dose em 29/06. Após ter perdido a irmã para a Covid-19 em fevereiro, quando várias pessoas da família também foram infectadas, conta que a vacina simboliza para si a oportunidade de um futuro diferente, sem mais perdas de entes queridos para todas as famílias. Andrea também tem a consciência que se vacinar é um ato coletivo.

“Hoje, ter tomado a vacina foi uma bênção de Deus. Estou muito feliz. Aquilo que for possível para eu fazer, vou fazer. A meu favor, dos meus irmãos, do meu próximo. Porque eu também sou responsável pelo próximo. Eu tomando a vacina e colaborando com o sistema, também estou ajudando meu próximo”, afirma Andrea, que também acompanha, por meio da filha, técnica em enfermagem que atua na linha de frente, a gravidade da Covid-19 e espera que todos tenham a consciência dessa gravidade e de que a vacina “pode nos proporcionar uma oportunidade de vida”, enfatiza.

Para Andrea Fusato vacinar é pensar também no próximo | Foto: Arquivo Pessoal

Sendo o ato de se vacinar coletivo e não individual, a cada nova pessoa vacinada com as duas doses em uma população, aumenta-se a imunidade coletiva para controlar a pandemia, conforme explica o coordenador da Vigilância em Saúde, Moisés Taglietta. “Com a vacinação da maioria da população, a gente diminui a gravidade dos casos e o número dos óbitos porque diminuímos a possibilidade de infecção. Então é fundamental não apenas que cada um faça sua vacinação, mas que cada um faça a sua vacinação e pense na do outro e abra possibilidade para que o outro também faça”, afirma, evidenciando que a vacinação “é um pacto social, coletivo”.

Desta forma, o secretário de Saúde Filemon Silvano conta que a Pasta trabalha para vacinar o maior número possível de pessoas diariamente. “Além de ser um ato de esperança, vacinar-se contra a Covid-19 é um ato de cuidado, consigo e com o próximo. Já estamos colhendo os frutos da vacinação na população idosa e queremos ver os índices de óbitos, casos e ocupação de leitos caindo dia a dia em todas as faixas etárias”, afirma Filemon.