O Cortejo Turístico Performático Elis Vive, idealizado por Samuel Zanatta, com Júlia Madeira, Frank Tavanti e Patrícia Ribeiro, reuniu um público de aproximadamente 180 pessoas, nos dias 04, 05 e 06/03, no Engenho Central e entorno. A ação foi composta por oficinas de performance, apresentação musical e guia de turismo.O projeto foi contemplado pela Lei Emergencial Aldir Blanc, com apoio da Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal da Ação Cultural (Semac).

Oficinas e cortejo aconteceram entre os dias 04, 05 e 06/03, no Engenho Central e entorno, com um total aproximado de 180 espectadores Foto Thiago Rochetto

"No início, não imaginava a potência que seria unir arte e turismo e que tudo isso fosse casar tão bem, mas no ato da apresentação, pudemos sentir que foi muito além do que foi imaginado no papel", descreve Zanatta.

As oficinas que aconteceram na sexta e no sábado (04 e 05/03) serviram para organizar a rota do cortejo e experimentar os movimentos corporais que poderiam ser realizados durante o desenvolvimento do cortejo.

Cortejo Turístico Performático Elis Vive Foto Thiago Rochetto

O ponto de partida foi a passarela Estaiada, que liga o Engenho à Rua do Porto. O grupo se concentrou na margem direita do rio e seguiu seu itinerário atravessando a passarela e seguindo em direção à Casa do Povoador. A cada parada, a guia turística Julia Madeira contava aos presentes a história daquele ponto, com destaque à participação dos indígenas e dos negros na construção de Piracicaba. "Foi incrível juntar turismo, arte e cultura por meio do cortejo Elis Vive. Pude contar a história da cidade para os próprios piracicabanos e ainda homenagear a importante trajetória de Elis Regina. O público e a equipe toda finalizaram o roteiro com os olhos e o coração cheio de emoções", disse Júlia.

"Foi um processo muito valioso esse percurso de troca e sensações para todos os participantes. Foi incrível poder propor a dança nesse contexto e ser afetado pelos espaços, remexidos pelas canções de Elis. Esse movimento nos fez linkar as memórias, histórias durante todo trajeto de corpo único dançante. Celebramos, público e participantes, a arte que transcende e fortalece um movimento artístico local importantíssimo. Reforçando a potência e a demanda de propostas e iniciativas como essa no espaço cultural desse nosso território", relatou Frank Tavanti, ator, bailarino e diretor artístico, que colaborou na condução das oficinas.

A cantora Patrícia Ribeiro teve a responsabilidade de interpretar as canções de Elis Regina Foto Thiago Rochetto

A cantora Patrícia Ribeiro teve a responsabilidade de interpretar as canções de Elis Regina, que serviram como fio condutor de todo o cortejo. "Cantar Elis já é uma emoção imensa. Ao ver os participantes se envolvendo e os corpos bailando ao som da minha voz, tornou tudo mais emocionante ainda. Participar foi uma emoção única, transcendental", revelou.

As oficinas que aconteceram na sexta e no sábado (04 e 05/03) serviram para organizar a rota do cortejo Foto Thiago Rochetto

A professora de educação física Morgana Rocha, que acompanhou o cortejo como público, se emocionou com o que assistiu. "Minha vontade era entrar e dançar com eles. Na próxima já quero estar junto dançando", disse.

O ponto de chegada foi ao lado da sede da Semac, no Engenho, após duas horas de cortejo. De acordo com Samuel Zanatta, a ideia é tornar o cortejo um evento fixo no calendário municipal, permitindo que outras pessoas possam conhecer o trajeto sob um novo olhar, bem como também a possibilidade de trazer homenagens a outras cantoras e cantores e explorando outros espaços da cidade.

O proponente Samuel Zanatta em perfomance durante as oficinas Foto Thiago Rochetto