O agravamento das questões sociais em virtude da pandemia do coronavírus é um dos grandes desafios do Fundo Social de Solidariedade de Piracicaba (FUSSP). Ontem, 30/03, os membros do Conselho Deliberativo se reuniram, de forma remota, para discutir necessidades urgentes, entre elas o atendimento às mais de 1.500 famílias que estão na lista de espera para recebimento de cestas básicas do Banco de Alimentos.
Comandado por Andréa Almeida, o FUSSP conta com parceiros que estão pensando de forma coletiva os problemas sociais mais urgentes. Formado por representantes de entidades, empresas e sociedade civil, o Conselho Deliberativo reúne 14 profissionais de diversas áreas.
Para Andréa, é fundamental unir esforços e agregar o maior número possível de instituições para atender às demandas do Fundo Social e do Banco de Alimentos. “É muito importante ter os dados corretos por meio dos cadastros das instituições para que possamos chegar a todos aqueles que, neste momento, precisam de auxílio, por isso, o apoio de todos aqui é fundamental”.
Entre as dificuldades na arrecadação dos itens que compõem a cesta básica está o receio dos doadores em se deslocar até o Banco de Alimentos por conta da pandemia. Diante desse apontamento, os membros sugeriram o aumento do número dos pontos de coleta de donativos, que hoje são 26 (Parceiros, Fussp e Acipi disponibilizam 26 pontos de arrecadação de alimentos – Prefeitura do Município de Piracicaba)
Outra sugestão seria a criação de um aplicativo, por meio do qual o doador adquire cestas básicas – uma por mês ou 12 – e a empresa contratada faz a entrega no Banco de Alimentos.
A secretária municipal de Assistência e Desenvolvimento Social, Euclidia Fioravante, entende que todas as contribuições são bem-vindas, pois o mais urgente neste momento é o atendimento às famílias em situação de extrema pobreza: Piracicaba tem 10.864 famílias com renda per capita de R$ 89 reais; 2.611 famílias com renda per capita de R$ 89,01 a 178,00; 7.228 famílias com renda per capita de R$ 178,01; 8.241 com renda per capita de meio salário mínimo, totalizando 28.944 famílias em situação vulnerável. “Neste momento, temos que suprir estas demandas, mas também precisamos oferecer alternativas para que as famílias possam se desenvolver e buscar o sustento adequado por meio de suas próprias potencialidades”, explica a secretária.
Entre as sugestões, estão ainda, as parcerias com grandes empresas. A primeira iniciativa foi da Coplacana, que está apoiando a ação e se comprometeu a doar um valor mensal durante um ano, atitude que poderá ser estendida para outras empresas e instituições de Piracicaba.
CADASTRAMENTO – Todas as famílias em situação de vulnerabilidade com relação a alimentos deverão procurar o CRAS (Centro de Referência de Assistência Social) da sua região, preferencialmente pelos telefones das unidades. O atendimento com cestas é de cunho emergencial, e não mensal. A fim de que seja garantida a equidade aos munícipes, os interessados passarão por uma avaliação socioeconômica, que será realizada pelo CRAS, serviço da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (Smads) e, então, serão encaminhados para retirada da cesta.
A lista dos CRAS pode ser acessada no site smads.piracicaba.sp.gov.br/protecao-basica
DOAÇÕES – As doações podem ser entregues, de segunda a sexta-feira, das 8h às 11h e das 13h às 15h, no Banco de Alimentos do Fundo Social de Solidariedade, que fica na rua José Rosário Losso, 946, Jaraguá. Quem não puder levar as doações até o Banco, pode solicitar a retirada pelos telefones do (19) 3434-6332 e (19) 3422-9677
Conselho Deliberativo se reuniu online para debater alternativas para as questões sociais da cidade