O levantamento do Índice de Breteau (IB), que identifica a quantidade de larvas de mosquitos Aedes aegypti por meio de amostra residencial, foi concluído hoje, 11/11, e apontou um indicador de 0,86, que aponta que a doença está sob controle em Piracicaba. Os dados foram computados pela empresa HelpInsect e avaliados pelas equipes do Programa Municipal de Combate ao Aedes (PMCA), vinculado à Secretaria Municipal de Saúde.
A coleta de dados foi realizada no mês de outubro pelas equipes do PMCA formadas por agentes de controle de Zoonoses e da Dengue que visitaram 3.194 imóveis na busca por recipientes com potencial para ser criadouro do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya.
Foram encontrados 1.806 recipientes secos, denominados tecnicamente de recipientes existentes, sendo recipientes expostos com grande possibilidade de acúmulo de água. Outros 901 recipientes com água foram localizados. Com larvas de mosquitos foram encontrados 28 recipientes, sendo 26 com larvas da dengue.
Durante as pesquisas, os locais identificados como possíveis criadouros foram: vaso de planta, prato de vaso, garrafas retornáveis, lata e frascos utilizáveis, planta aquática, lata e frascos não utilizáveis, balde, regador, bromélia e inservíveis (lixo), além de ralo, piscina, pneus, lona ou encerado, estrutura fixas do imóvel e bebedouro de animais.
Segundo o Ministério da Saúde, o Índice de Breteau (IB) com valor acima de 1 indica situação de "alerta" para a ocorrência de casos de dengue, Zika e Chikungunya na cidade/região. "Apesar de a situação estar sob controle, não podemos deixar de monitorar os casos e realizar ações preventivas e de bloqueios constantemente. Além disso, a população também pode ajudar evitando acumular recipientes que possam se transformar em criadouros dentro de casa, por isso é importante que todos participem e colaborem com as ações realizadas pela Prefeitura", destaca Filemon Silvano, secretário de Saúde.
Arrastão da Dengue acontece sempre aos sábados
NÚMEROS – Conforme explica Sebastião Campos Amaral, o Tom, coordenador do PMCA, o estudo do IB também conseguiu fazer o levantamento segmentado por regiões, sendo o Centro com menor IB (0,2), seguido pelo Oeste (0,9), Norte (1,0), Sul e Leste (1,1). Entre os bairros da cidade, os que mais trazem preocupação são Bairro das Ondas, Higienópolis, Jardim Santa Rita, Algodoal, Jardim Oriente, São Jorge, Vila Monteiro, Santa Teresinha e Jardim Monumento. "É por meio destes dados que definimos as ações de bloqueio da doença, bem como onde levar por mais vezes as ações de combate ao mosquito Aedes como o arrastão e mutirão da dengue, limpeza nos cemitérios, entrada forçada nas residências em situação de abandono, entre outras", salientou Tom.
AÇÕES – As atividades de combate à dengue seguem intensificadas na cidade. Entre os dias 21 e 26 de novembro, o governo do Estado de São Paulo fará campanha junto aos municípios como forma de alertar a população sobre os riscos da doença. "Estamos finalizando nosso plano de ação para integrar as atividades do Estado. Além disso, para o próximo mês devemos retomar as ações do mutirão da dengue, além de reforçar as ações orientativas e educacionais nos corredores comerciais e adjacências", destacou o coordenado do PMCA.
CASOS – De acordo com o banco de dados da Vigilância Epidemiológica, de 1/01 a 11/11 de 2022 foram 7.788 notificações de dengue, com 1.438 casos positivos e um óbito pela doença. No mesmo período de 2021 foram 13.950 notificações, com 5.341 confirmações e um óbito.