Com correalização da Prefeitura, 18º Festival de Circo SP reuniu 33 mil pessoas em Piracicaba
Evento celebrou a arte circense com sessões cheias, participação especial de Luís Ricardo e emoção do início ao fim

Piracicaba se transformou na capital do circo durante o 18º Festival de Circo SP, que reuniu 33 mil pessoas no Parque do Engenho Central entre os dias 28 e 31/08. Foram quatro dias de espetáculos gratuitos que encantaram crianças, jovens e adultos, consolidando o evento como um dos maiores do gênero no Brasil.
O 18º Festival de Circo SP foi realizado pelo Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura, Economia e Indústria Criativas, com gestão e produção da Associação Paulista dos Amigos da Arte (APAA), e correalização da Prefeitura de Piracicaba, por meio das secretarias municipais de Cultura e Turismo.

A cerimônia de abertura ao público, realizada na sexta-feira, 29/08, contou com a presença do prefeito Helinho Zanatta, do secretário-executivo de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, Marcelo de Assis, do presidente da Associação Paulista dos Amigos da Arte (APAA), Luís Sobral, do secretário municipal de Cultura, Carlos Beltrame, e da secretária de Turismo, Clarissa Quiararia. O público ainda se emocionou com a participação especial de Luís Ricardo, apresentador que marcou época no SBT e foi um dos intérpretes do palhaço Bozo no Brasil, que relembrou sua trajetória artística e a relação de sua vida com o circo.

A programação da semana incluiu sessões exclusivas para escolas e instituições, que levaram 4.400 crianças em 28/08 e outras 4.400 em 29/08 ao Engenho Central. Já na noite do dia 29/08, a abertura oficial atraiu 1.200 pessoas à Lona Piolin para assistir ao espetáculo Spark, do Circo Spacial. O fim de semana registrou os maiores públicos, com 9.000 pessoas no sábado, 30/08, 14.000 no domingo, 31/08, consolidando o festival como um dos mais expressivos do calendário cultural de Piracicaba e do Estado.

“O Festival de Circo reafirma a força e a diversidade da cultura em Piracicaba. Para nós, a valorização da cultura é um compromisso permanente, que significa não apenas apoiar grandes eventos, mas também fortalecer artistas, grupos e iniciativas locais. Ao proporcionar à população o acesso a espetáculos de qualidade, estamos investindo em cidadania, em identidade e em pertencimento. É isso que queremos garantir: que Piracicaba siga sendo reconhecida como uma cidade que respira cultura e que oferece experiências transformadoras ao seu povo”, afirmou o prefeito Helinho Zanatta.

O secretário-executivo de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, Marcelo de Assis, ressaltou a importância da descentralização. “Este festival mostra como a cultura pode descentralizar, formar público e criar novas rotinas. É uma alegria ver Piracicaba se consolidando como palco permanente do circo.”
O presidente da Associação Paulista dos Amigos da Arte (APAA), Luís Sobral, reforçou o caráter estratégico do festival. “Realizar o festival no mesmo espaço todos os anos é fundamental para criar raízes. O circo é a infância da cultura e só se fortalece quando encontra um território que acredita nele. Piracicaba já se tornou esse lugar e, por isso, nosso compromisso é seguir trazendo o Festival de Circo para cá, garantindo que a cidade continue sendo referência e palco dessa celebração da cultura”, afirmou.

“O Festival de Circo trouxe 33 mil pessoas ao Engenho Central e transformou a cidade em um grande picadeiro. Esse resultado mostra não só a força da cultura, mas também o desejo da população por experiências coletivas e de qualidade. O circo tem essa capacidade única de reunir famílias, despertar o olhar artístico das crianças e emocionar o público em todas as idades. Para nós, é motivo de orgulho ver Piracicaba consolidada como palco de um dos maiores festivais do gênero no Brasil”, afirmou o secretário municipal de Cultura, Carlos Beltrame.

Entre o público, a emoção foi evidente. A pequena Alice Milan, de 7 anos, contou que ficou encantada com o número da bailarina na lira. “Foi a parte que eu mais gostei, parecia um sonho. Eu nunca tinha visto alguém dançar lá em cima com tanta leveza. Achei que ela podia voar”, disse sorrindo. Sua irmã, Ana Clara Milan, que pratica ginástica rítmica, também se impressionou com os movimentos de força e equilíbrio. “Eu faço ginástica e sei o quanto é difícil manter a concentração. Adorei ver como eles conseguiam se equilibrar, parecia fácil, mas sei que não é”, comentou. Já a prima Maitê Gaeda, de 10 anos, resumiu a experiência: “Eu gostei muito da bailarina, parecia que voava de verdade. Era como se o circo tivesse aberto uma janela mágica para a gente entrar em outro mundo”.

Foram 52 grupos e companhias que se apresentaram no festival, trazendo ao público uma ampla variedade de linguagens circenses. Entre palhaçaria, acrobacias, malabares, música, números aéreos e mágicos, cada atração contribuiu para transformar o Engenho Central em um grande picadeiro, reunindo artistas de diferentes trajetórias e estilos em uma celebração coletiva da arte do circo.

Para a espectadora Tatiane Alves, o festival representa uma verdadeira paixão. “Sou apaixonada por circo desde criança e sempre faço questão de acompanhar as apresentações. Tenho até um DVD do Patifaria, que guardo com carinho e gosto de rever. Há dias já estava comentando com amigos sobre a chegada do festival a Piracicaba, a expectativa era grande. Estar aqui é muito especial, porque o circo tem essa magia de emocionar e de nos transportar para outro mundo”, afirmou.
