Amanhã, sexta-feira, 21/01, completa um ano que a auxiliar de enfermagem Gertrudes Barbosa recebeu a 1ª dose da vacina contra a Covid-19. Ela foi a primeira pessoa a começar a imunização por meio da vacinação em Piracicaba. Até hoje, 20/01, a Prefeitura de Piracicaba aplicou mais de 789 mil doses e 83% da população já está com o esquema vacinal completo. Essas doses de esperança aplicadas no braço de cada piracicabano pelos profissionais da Secretaria Municipal de Saúde têm mostrado impacto em especial na redução de casos graves da Covid, mesmo em meio ao cenário atual, com a variante Ômicron, mais transmissível.
De acordo com o Vacinômetro do Governo do Estado, até hoje, foram aplicadas em Piracicaba 344.768 primeiras doses, 329.648 segundas doses, 10.771 doses únicas e 104.751 doses adicionais/3ª dose. "Quando a vacina chegou foi um sopro de esperança, foi muito emocionante o dia que fizemos a 1ª dose da vacina, inclusive com pessoas da nossa equipe que foram às lágrimas. De lá para cá, a gente foi tendo novas variantes, Delta, Ômicron, mas a vacina sempre se mostrando a grande forma de a gente se prevenir dessa doença, principalmente de casos mais graves e óbitos", afirma o coordenador do Cevisa (Centro de Vigilância em Saúde), Moisés Taglietta.
Gertrudes conta que ficou muito feliz em ser vacinada contra a Covid-19. "Vi ali a esperança. Agora sou reconhecida até na escola que meu neto estuda. Ele me contou que, em uma das matérias que falou sobre as vacinas, citaram o meu nome como a primeira vacinada da cidade", conta Gertrudes, que na época da vacinação com a 1ª dose atuava na UPA Piracicamirim, unidade de referência nos casos de Covid em Piracicaba, e hoje trabalha na UPA Vila Sônia. Ela conta que não pegou a doença e que já recebeu as três doses. "Esperança, sempre esperança, porque essa vacina deu certo, sim", finaliza.
A primeira dose foi aplicada na auxiliar de enfermagem Gertrudes Barbosa
O prefeito Luciano Almeida pontua, ainda, que a vacinação contra Covid-19 em Piracicaba ocorreu de forma ininterrupta nesse um ano, com diversas ações de sucesso, como o agendamento pelo site VacinaPira, a centralização por mais de sete meses no Ginásio Municipal Waldemar Blatkauskas e as parcerias com a Rede Drogal e com a Fundação Caterpillar junto ao Grupo + Unidos, que foram essenciais para dar agilidade na imunização.
Filemon Silvano, secretário de Saúde, lembra que, graças à vacinação, em 29/11 do ano passado, Piracicaba chegou à marca histórica de 0% de ocupação de leitos UTI-Covid. "Vamos continuar a nos cuidar, usando máscaras, mantendo o distanciamento e higienizando sempre as mãos. Estamos em um cenário de aumento de casos, mas sabemos que, junto à vacinação, essas medidas são fundamentais para que a gente volte à estabilidade que vivemos no fim do ano passado, com baixos registros de novos casos", pontua o secretário.
Agora nova fase da campanha se inicia com a vacinação das crianças de cinco a 11 anos, que teve início ontem, 19/01, nas unidades de saúde, por meio de agendamento. Nesta primeira etapa, são contempladas crianças com deficiência permanente ou com comorbidades, indígenas e quilombolas. O menino Adryan Samuel Maia Ponciano da Silva, 10 anos, foi a primeira criança a ser vacinada contra a doença no município. Ele faz acompanhamento desde quando era bebê no Centro de Reabilitação Piracicaba (CRP), devido à paralisia cerebral. Quinzista de coração, fez questão de estar com a camiseta do time para tomar a 1ª dose da vacina.
Adryan e a Mãe, Tucumã Maia da Silva | Foto: Justino Lucente/CCS
Enrique Sanches Pereira, de 7 anos, também tomou a 1ª dose ontem, na unidade de saúde do Caxambu. A mãe, Camila Sanches, conta que o filho tem asma grave e que, por isso, ficou 1 ano e seis meses em casa, voltando para escola apenas no final do ano passado, mas com receio. "É um alívio, porque vai trazer mais segurança e proteção para voltar para a escola em fevereiro", afirma.
Enrique tomou a 1ª dose da vacina contra covid ontem | Foto: Andressa Mota/CCS
NOVAS VARIANTES – O coordenador do Cevisa, Moisés Taglietta, lembra que o surgimento da variante Ômicron aumentou o número de novos casos, "mas, na gravidade, continuamos tendo excelente resposta da vacina. Claro, ela (Ômicron) é muito transmissível, a proteção contra a infecção dessa nova variante é menor, mas continuamos tendo uma proteção à vida", enfatiza.
Taglietta explica que, devido à alta capacidade de mutação do novo coronavírus (Sars-Cov-2), novas variantes ainda podem surgir. "Deus queira que sejam variantes com menor poder de casos graves e o que a gente tem visto é que, com pequenas partes do vírus mudando, a vacina continua ajudando que a gente o combata. É nisso que a gente confia, que a vacina continue dando essa proteção e essa possibilidade de o nosso organismo se defender melhor e de não ter casos tão graves", analisa o coordenador do Cevisa.
Ginásio Municipal de Esportes concentrou vacinação contra covid por mais de sete meses | Foto: Andressa Mota/CCS