O Centro de Controle de Zoonoses de Piracicaba (CCZ) notificou mais um caso de raiva em morcego. É o nono caso encontrado neste ano na cidade. A confirmação veio através do exame laboratorial feito pelo CCZ de São Paulo, no último dia 24 de novembro. Dos nove casos registrados na cidade, seis são em morcegos insetívoros (se alimentam de insetos) e dois em frugíveros (se alimentam de frutas). Todas as espécies de morcegos podem transmitir o vírus da raiva, por isso é de suma importância que cães e gatos recebam a dose da vacina pelo menos uma vez por ano. Se animal tiver contato com o morcego devem ser revacinados. O CCZ alerta à população para evitar o contato direto com o morcego, caso aconteça procurar imediatamente um pronto-socorro público ou conveniado, para receber o tratamento adequado. Ação: Os agentes de CCZ visitarão, a partir de sexta-feira, cerca de 3.500 imóveis entregando um folheto explicativo sobre a doença e os procedimentos em um raio de 500m do local onde o caso foi encontrado. Não será necessária a vacina, tendo em vista que a região já recebeu a dose anteriormente. Vacinação no Canil Municipal: Caso seu animal ainda não tenha recebido a dose da vacina contra a raiva, o proprietário poderá trazê-lo no CCZ de Piracicaba de segunda à sexta das 07h às 16h e sábado até meio dia. Encontrou morcego? Não tenha contato com o animal e ligue imediatamente para o 156. Sua solicitação será encaminhada para o CCZ, que irá até sua residência recolher o animal. A recomendação vale para animais vivos ou mortos, com hábitos diferentes como: caídos no piso, voando durante o dia, etc. Histórico: desde 2002, foram registrados em Piracicaba 18 casos positivos da doença. O numero de amostras enviada ao CCZ de São Paulo vem aumentando a cada ano. Segundo a coordenadora do Centro de Controle de Zoonoses, Eliane de Carvalho, o crescimento deve-se ao fato do maior conhecimento da população. A coordenadora explica que o trabalho educativo feito pela repartição, com a ajuda dos meios de comunicação aumentou a consciência da população sobre este tema. “Desde a ocorrência do primeiro caso em 2002, o numero de amostras enviadas ao CCZ de São Paulo só tem aumentado, isso mostra que o cidadão está ciente da importância da doença e criou-se o hábito de ligar no 156 para o recolhimento dos morcegos” disse Eliane. O trabalho realizado pelo CCZ denomina-se de vigilância passiva, isto é, ao invés de procurar animais o Centro de Zoonoses é acionado pela população, que por sua vez vai até o local e em caso de positivo realiza o trabalho de cobertura de foco. Em sete anos foram enviados para exames laboratoiais 1.000 morcegos e apenas 17 foram confirmados com o caso positivo da doença. Somente em 2009 foram nove amostras.