A Secretaria Municipal de Saúde, seguindo orientação do Ministério da Saúde (MS), ampliou os grupos (contemplados e não prioritários) prioritários para imunização de influenza, o vírus da gripe. Desde o fim do mês de junho, também podem buscar a vacina adultos de 50 a 59 anos e crianças de 5 a 9 anos. De acordo com o Departamento de Vigilância Epidemiológica, até o momento, 75,23% do total dos grupos prioritários foram imunizados. A meta do Ministério da Saúde é de 90% para esses grupos, por isso, a vacinação (campanha) continua.

Além dos grupos citados, são prioridade crianças entre 6 meses a menores de 5 anos; gestantes de qualquer idade gestacional; puérperas (até 45 dias após o parto) se não vacinadas quando gestantes; trabalhadores da saúde (todos os trabalhadores de saúde dos serviços públicos e privados, nos diferentes níveis de complexidade); indígenas; pessoas com doenças crônicas – com apresentação de carta médica ou receita; pessoas com 60 anos ou mais, e professores e funcionários das escolas públicas e privadas (ensino básico e superior).

De acordo com o secretário de Saúde, Pedro Mello, que também é médico pneumologista, as pessoas precisam se conscientizar da importância da vacina, já que o índice de letalidade em caso de síndrome respiratória decorrente da gripe pode chegar a 20% das vítimas. "E as pessoas mais afetadas são aquelas que compõem os grupos prioritários, agora ampliados. Por isso, costumo enfatizar que, no caso da gripe, a morte é evitável, desde que os grupos prioritários procurem os postos de saúde e se protejam", ressalta.

Fernanda Menini, diretora da Vigilância Epidemiológica, também destaca que a vacina mostra-se como uma das medidas mais efetivas para a prevenção da influenza grave e de suas complicações. De acordo com ela, a vacinação continua pois um número grande de pessoas pertencentes aos grupos prioritários ainda não receberam a dose. Fernanda revela preocupação, também, em relação ao grupo de crianças de 6 meses a menores de 5 anos e o grupo das gestantes, que têm a menor cobertura. "O percentual atingido para as crianças é de apenas 50,79% e o de gestantes só 57,06%, bem abaixo da meta de 90% do Ministério da Saúde", avalia.

Em 2018, foram notificados 60 casos de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) em Piracicaba, sendo 5 casos positivos para Influenza A/H3 sazonal e 9 casos positivos para Influenza A/H1N1. Destes 9 casos de A/H1N1, 3 evoluíram para óbito.

As doses da vacina em Piracicaba estão disponíveis nas UBSs (Unidades Básicas de Saúde), unidades do PSFs (Programa Saúde da Família) e nos Crabs (Centro de Referência para Atenção Básica em Saúde), exceto no Crab Paulista. Para saber os endereços consulte o site da Secretaria de Saúde: http://saude.piracicaba.sp.gov.br/