Vacinação contra raiva na zona rural, organizada pelo Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), da Secretaria de Saúde, alcançou pouco mais de 50% da meta deste ano. Dos 10 mil cães e gatos previstos para serem imunizados até o final de julho, quando encerra a campanha, 5.067 já receberam a dose.

No último sábado (24/06), 714 cães e 103 gatos foram atendidos no bairro Nova Suíça e parte do Volta Grande, superando a meta de vacinar 600 animais na data. No próximo sábado, (01/07), as equipes vão percorrer os bairros Pau Queimado e Monjolinho (com possibilidade de alteração ao longo desta semana para adequar agenda).

A campanha antirrábica está sendo desenvolvida por vacinadores treinados pela CCZ, que farão a cobertura de toda área rural, com material descartável e vacinas individuais. É importante que os proprietários colaborem, prendendo seus animais previamente à visita da equipe. No caso dos cães, devem ser levados aos postos de vacinação em guias e conduzidos por adultos.

Para os animais mais agressivos, é obrigatório o uso da focinheira. Os gatos deverão ser levados em caixas de transporte ou em sacos, como aquele usado para embalar cebolas, evitando assim fugas e possíveis acidentes com os animais, seus donos e vacinadores.

Todos os cães e gatos, a partir dos três meses de idade, poderão receber a vacina. Animais doentes, em tratamento e debilitados deverão aguardar a recuperação e a alta do seu médico veterinário, assim como as gestantes e com crias, que devem esperar o desmame dos filhotes. As vacinas podem ser aplicadas também de segunda a sábado, das 8h as 15 horas, no CCZ, que funciona como ponto fixo durante o ano todo.

De acordo com o veterinário da CCZ, Paulo Lara, coordenador da campanha antirrábica, a vacinação é muito importante para prevenir a doença. “A Raiva mata e é transmitida por mamíferos, principalmente os morcegos, que atualmente contribuem para a circulação e manutenção do vírus na Zona Rural e no município de Piracicaba”, afirmou. A campanha antirrábica na Zona Urbana deve começar em setembro.

FEBRE AMARELA – De acordo com o especialista, este ano o trabalho de vacinação na zona rural terá também uma finalidade complementar, que é conscientizar a população local sobre os riscos da febre amarela e a necessidade de observar nas áreas de mata a existência ou não de macacos e suas condições de saúde.

“Este ano, devido a nossa preocupação com o avanço da febre amarela no Estado, incluindo municípios próximos como Campinas, realizaremos um trabalho, com apoio da Secretaria da Agricultura e Abastecimento (SEMA) e da Cooperativa dos Plantadores de Cana (Coplacana), que visa o levantamento das áreas com avistamento de macacos e possíveis óbitos, além de uma ação informativa voltada a vigilância da doença na Zona Rural”, concluiu Paulo Lara.