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Assistente social: na linha de frente pela garantia de direitos

Por Comunicação Social / Publicado em 16/05/2021
Tempo de leitura: 6 minutos.

Trabalhar para que o cidadão tenha garantidos seus direitos e para o seu acesso às políticas sociais. Essa é uma das funções do profissional da assistência social, que tem seu dia comemorado em 15/05. Paixão por atuar diretamente com a população é uma das características desse profissional. Na Prefeitura de Piracicaba, no serviço público, atuam diretamente no atendimento à população 55 assistentes sociais. Nas 21 entidades parceiras da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (Smads), que executam projetos também na rede municipal, são mais 69 profissionais. De acordo com Euclidia Fioravante, secretária da Smads, a atuação desses profissionais no município é ampla e se dá no atendimento a cidadãos e grupos que se encontram em situações de vulnerabilidade. Entre os serviços onde atuam estão os CRAS (Centro de Referência da Assistência Social), CREAS (Centro de Referência Especializado de Assistência Social), nos equipamentos que atendem à população em situação de rua, albergue, abrigos institucionais, atendimento à mulher, OSCs, entre outros. Esses serviços atendem pessoas em risco, tais como famílias e indivíduos com perda ou fragilidade de vínculos, pertencimento e sociabilidade; identidades estigmatizadas em termos étnico, cultural e sexual; desvantagem pessoal resultante de deficiências; exclusão pela pobreza e, entre outras. "O assistente social é fundamental na busca pela justiça social e na construção dos programas sociais necessários para minimizar as desigualdades. Parabenizo todos esses profissionais que atuam dentro e fora da rede municipal", frisou a secretária Euclidia Fioravante.

DESAFIOS – Savana Marilu Fernandes, 44 anos, é uma das profissionais que atua como assistente social na Prefeitura de Piracicaba desde 2009, profissão que marcou sua vida desde a infância. Confira alguns trechos de entrevista com Savana:

O que levou você a escolher o serviço social como profissão?

A princípio era um sonho de infância. Conheci, quando criança, uma assistente social que foi muito importante em momentos difíceis da minha família. Quando adolescente, as ideias amadureceram e senti que ser assistente social era uma forma de retribuir o estímulo e apoio recebidos.

Quais as principais atribuições de uma assistente social? Articular, planejar e implementar ações para fortalecimento das famílias e indivíduos, mediar grupos e situações, objetivando a resolução de conflitos, propiciar espaços para debate e construção coletiva, combater violações e práticas que levem a violações, definir os fluxos da rotina de atendimento e acolhimento dos usuários, articular as estratégias de resposta às demandas e de fortalecimento das potencialidades do território.

Quais são os desafios enfrentados atualmente pela categoria? Acredito que direitos humanos são para todas as pessoas, para pretos, indígenas, mulheres, homens, LGBTQIA+, para praticantes de religiões de matriz africana ou cristãs, temos uma Constituição que define e garante isso. Enquanto assistente social, é nosso dever enxergar essa pluralidade da sociedade, no entanto, o maior desafio é tirar do papel e traduzir todas essas normativas e leis em ações concretas. Diante do cenário atual, outras questões impactam diretamente nossa atuação profissional, como falta de repasse financeiro para atendimento frente o aumento das demandas, a falta de articulação entre as políticas setoriais, ausência da atuação de serviços essenciais para garantias de direitos, desmonte da Política Nacional de Assistência Social, flexibilização de leis trabalhistas, reforma da previdência, confusão de entendimento entre Assistência Social e Assistencialismo por parte de profissionais atuantes no SUAS (Sistema Único de Assistência Social), e precarização do trabalho.

Qual a importância da atuação do assistente social na linha de frente no combate à pandemia e garantia de direitos? Diante do fechamento da maior parte dos equipamentos e serviços, somos um dos poucos profissionais que ainda realizam a escuta e acolhimento da população, contribuindo e oportunizando o acesso a serviços e políticas públicas como saúde, previdência, assistência social, orientações sobre documentação, auxílio emergencial, justiça, entre outros.

Qual a situação/caso mais complicado que já enfrentou na sua profissão? De maneira geral, os casos que necessitam de ação conjunta entre políticas são os mais difíceis. De toda minha carreira profissional, considero que os mais desafiadores são os casos relacionados à população em situação de rua. São pessoas que estão totalmente apartadas do que é “aceito como normal pela sociedade”, com mais dificuldades para acessar e serem acessadas pelas políticas públicas.

Savana atualmente é coordenadora no CRAS unidade Novo Horizonte.


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