Artesãos das feiras de artesanato de Piracicaba ministram oficinas gratuitas
Aulas contemplam 160 participantes, com fornecimento de material
Artesãos que participam das feiras de artesanato de Piracicaba mantidas pela Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Turismo, ministram até o fim deste mês oficinas gratuitas de diferentes técnicas de artesanato. A iniciativa ocorre com recursos da Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura (PNAB), instituída pela Lei nº 14.399. Ao todo, serão 160 participantes, com acesso a aulas práticas e fornecimento de material. Na manhã de ontem, terça-feira, 18/03, o gerente de Planejamento Turístico da Secretaria de Turismo, Esdras Casarini, visitou a oficina de bolsas de crochê na Casa do Artesão situada na avenida Alidor Pecorari, que atualmente tem permissão de uso concedido para a Amoporto (Associação dos Moradores e Restaurantes da Rua do Porto).

“A arte feita à mão faz parte da nossa identidade cultural, da nossa história. Os artesãos, com muito talento, transformam diferentes matérias-primas em arte, por isso estamos muito felizes com a participação e interesse das pessoas nas oficinas, que são uma oportunidade para aprimorar habilidades e, a partir disso, gerar renda e movimentar a economia”, comentou Casarini.
Antes das aulas de bolsas de crochê ocorreram oficinas de tapetes de crochê. As próximas serão de artes plásticas e de bijuteria, sempre com audiodescrição e Libras (Língua Brasileira de Sinais).
“Estamos capacitando pessoas para que elas tenham a possibilidade de obter uma renda principal ou até para que consigam uma segunda opção de renda. Temos, inclusive, participantes das oficinas que já conseguiram vender as bolsas que fizeram”, contou a artesã Claudia Rosa, proponente do projeto pela PNAB.

De acordo com Vânia Cordeiro, 62, aposentada que participava da aula ontem, as oficinas também contribuem para o aperfeiçoamento de habilidades. “Eu já trabalho com crochê e estou praticando a aprendendo mais. Além disso, vejo essas oficinas como uma forma, por exemplo, de mães que têm filhos pequenos poderem trabalhar em casa, conciliando os cuidados com os filhos”, falou.
Para Israel Martins, presidente da Amoporto, a permissão de uso da Casa do Artesão concedida para a associação significa aproveitar o espaço de forma estratégica. “Sempre pensamos que poderíamos voltar a fazer desse espaço um lugar mais frequentado, com eventos, e ser um local onde os próprios artesãos pudessem utilizar para aulas, oficinas, exposição e vendas de seus produtos”, afirmou.

ARTESANATO NA CIDADE – Atualmente, Piracicaba tem dois espaços de exposição e venda de artesanato mantidos pela Secretaria Municipal de Turismo. Os trabalhos feitos pelos cerca de 60 artesãos cadastrados pela Pasta abrangem técnicas variadas, como pintura em gesso, EVA, bordado, tricô, crochê, patchwork, decoupage, entre outras. Um dos espaços é a Casa do Artesão localizada dentro do Engenho Central, próximo ao Teatro Municipal Erotídes de Campos, com funcionamento aos sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h. O outro local é a feira de artesanato no calçadão da Rua do Porto, nas proximidades do Casarão do Turismo, funcionando aos sábados, domingos e feriados, das 10h às 17h.
“O artesanato é um ofício de muita dedicação e carinho e que carrega as características peculiares de um povo. Com as feiras na nossa cidade, os turistas têm a possibilidade de ver as produções locais e levar uma memória de Piracicaba para suas cidades de origem”, disse a secretária municipal de Turismo, Clarissa Quiarari