O secretário municipal de Indústria e Comércio de Piracicaba, Luciano Almeida, esteve ontem (20) no Simtec 2006 (Simpósio Internacional e Mostra de Tecnologia da Agroindústria Sucroalcooleira) para falar sobre as novas ações do Apla (Arranjo Produtivo Local do Álcool) em parceria com o Sebrae.
De acordo com Almeida, será realizado no início de agosto, em Piracicaba, um vasto levantamento junto às empresas do setor sucroalcooleiro. O objetivo é fazer um “raio X” da indústria local e solidificá-la para atender à crescente demanda do mundo referente a tecnologia e equipamentos para a produção de etanol (álcool).
Para a avaliação, os executivos do setor na cidade precisarão responder cerca de 300 questões criadas pelo Sebrae. Estas respostas serão cruzadas através de um sistema de computação da empresa AcuPOLL, que fornecerá um diagnóstico sobre os pontos a serem trabalhados para garantir o fortalecimento das indústrias piracicabanas.
No momento, o Sebrae e a Apla estão cadastrando empresas interessadas em ingressar no projeto. Não haverá custos para os participantes. O objetivo é reunir 120 empresas para a pesquisa, até o momento 73 já confirmaram participação. Todas as respostas serão sigilosas e os dados divulgados para o setor não identificarão as informações específicas de cada empresa. Entretanto, cada participante irá receber um diagnóstico particular à parte, mostrando os pontos fortes e fracos de seu desempenho em comparação com a média do mercado.
“É importantíssimo que as indústrias do setor colaborem com a pesquisa. Somente desta forma será possível formar um quadro geral do mercado sucroalcooleiro de Piracicaba e, através dele, planejar ações que colaborem com o crescimento do setor como um todo”.
De acordo com Almeida, o objetivo da Apla é desenvolver as empresas locais para que elas possam fornecer para o mundo seus equipamentos e tecnologia, levando a um aumento global na produção de álcool. “Com a adição de etanol na gasolina em diversos países do mundo, não adianta acharmos que o Brasil poderá atender sozinho à demanda de álcool no mundo. Devemos fornecer para estes países os equipamentos e a tecnologia para que eles tenham como produzir também o seu próprio etanol”.