Portal do Município de Piracicaba

Alunos do Instituto Passe de Mágica conhecem Laboratório do Aguamiga

Por Comunicação Social / Publicado em 10/05/2017
Tempo de leitura: 9 minutos.

Alunos atendidos pelo Instituto Passe de Mágica, projeto idealizado pela jogadora de basquete Magic Paula, que ensina basquete para crianças e adolescentes em Piracicaba, conheceram na tarde de ontem, 09/05, o Laboratório Móvel de Controle de Qualidade de Água do Semae (Serviço Municipal de Água e Esgoto de Piracicaba), do Programa Agua miga. O encontro foi no Tiro de Guerra, um dos locais onde as aulas acontecem.

Defronte à van que abriga o Laboratório, o biólogo Ivan Canale explicou um pouco sobre o trabalho que a autarquia desenvolve para o tratamento da água. De forma bem didática, Canale começou sua explanação informando qual o rio que abastece Piracicaba e como é o processo de retirada de água do rio e a transformação em água potável, própria para o consumo e também para outros serviços em casa. Ele lembrou que o Semae faz reiteradas análises na água para saber se há problema e alertou para o perigo do consumo da água de bicas.

A plateia, bem interessada, interagiu quando o biólogo mostrou como é feito o tratamento e também como são as colônias de bactérias encontradas na água e como é o teste para detecção de coliformes fecais. Ao final da demonstração, os alunos puderam ver no microscópio o hydra, micro-organismo muito utilizado para bio-ensaios que verificam a qualidade da água. Todos também receberam um livro de pintar que dá dicas de como economizar água.

Os alunos do Passe de Mágica, Cauê Soares e Brenda Larissa Rozatti, gostaram da apresentação. "Achei legal, é interessante. Aprendi um pouco mais sobre o tratamento de água", explicou Cauê. Brenda ficou bem interessada em saber como a água fica limpinha depois do tratamento. "Gostei muito da apresentação e de saber como é tratada a água que bebemos".

Além dos alunos do Passe de Mágica, também estavam presentes alguns pais. Janailma Silva, mãe de João Victor, aprovou a visita. "Achei muito bom, tiramos muitas dúvidas sobre coisas que nem imaginávamos sobre a água". Eva Vieira, mãe de Lara, gostou de saber que pode consumir água da torneira porque ela é potável, além de ter achado bem interessante ter acesso ao microscópio.

O presidente do Semae, José Rubens Françoso, lembrou que a van faz experimentos em escolas, em praças, promovendo educação ambiental. "É um pouco da demonstração do trabalho que realizamos no Semae, referente ao tratamento de água. Além disso, também orientamos quanto ao desperdício de água."

A mesma ações acontecerá hoje (10/05) à tarde, no Ginásio do Vila Sônia, com os alunos do Passe de Mágica atendidos naquele núcleo. Na próxima semana, o laboratório volante realizará a mesma atividade para as crianças de ambos os núcleos (16/05 – Tiro de Guerra e 17/05 – Vila Sônia), só que no período da manhã.

O PROGRAMA – O Aguamiga nasceu em 2000, fruto de participação em um projeto desenvolvido por uma instituição canadense, que tinha como objetivo principal o despertar da consciência sobre a problemática ambiental e a adoção de uma postura mais participativa na gestão dos recursos naturais aos beneficiados pelo programa, no caso estudantes a partir do 5º ano do ensino fundamental. Com outro nome no início, o programa era uma forma de transformar os estudantes em agentes multiplicadores de preservação e conservação da água.

Ao longo dos anos, o objetivo não mudou, mas novas metodologias e atividades foram inseridas para aperfeiçoamento do propósito, além da coordenação ter mudado de responsável e também de nome. O programa, originalmente chamado Aquatox, se tornou Aquamiga, para finalmente se tornar Aguamiga, nome que permanece até hoje. Desde 2012, conforme explica Felipe Augusto Gasparotto, coordenador do Aguamiga, o programa está sob responsabilidade do Setor de Controle de Qualidade da Água. Neste período, o programa atingiu 17 escolas municipais, 1.050 alunos e 34 professores. "Além das outras pessoas que são atingidas, pelo efeito de agente multiplicador que os alunos desempenham na comunidade, levando o conhecimento adquirido para família, amigos e vizinhos", explica Gasparotto. As atividades do programa incluem uma capacitação aos professores dos alunos atendidos, com diversas atividades teórico-práticas, seguida de palestras, agora com os alunos, de conceitos relacionados a água, como bacias hidrográficas, qualidade da água, uso racional.

Posteriormente os conhecimentos adquiridos são testados em atividades de arte e redação, seguidas de visita à Estação de Tratamento de Água (ETA) Capim Fino e à Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Ponte do Caixão. Na sequência, eles vão a campo, coletar água e realizar experimentos (análise de pH, oxigênio dissolvido, teste do H2S para detecção de coliformes e ensaios ecotoxicológicos com sementes de alface e hidras). O processo culmina com feira científica e exposição dos trabalhos desenvolvidos ao longo do ano.

Este ano o programa passou por uma nova reestruturação e está atendendo os professores da rede pública municipal. Além do Semae, são parceiros no desenvolvimento das atividades o Núcleo de Educação Ambiental da Sedema (Secretaria de Defesa do Meio Ambiente) e a Coordenadoria de Educação Ambiental da Secretaria de Educação (SME). São dez encontros presenciais e nove atividades prático-pedagógicas na escola. A formação inclui palestras, práticas/experimentos, excursões técnicas/saídas a campo, oficinas e dinâmicas.

O Laboratório volante atua também de forma em eventos, escolas, praças e atende outras solicitações, como a visita aos alunos do projeto Passe de Mágica. Os interessados em receber a Van em seus eventos, devem enviar ofício ao presidente do Semae solicitando.

O INSTITUTO – O Passe de Mágica ensina basquete para crianças e adolescentes de 6 a 17 anos, no período oposto ao escolar. Tem dois núcleos em Piracicaba: Tiro de Guerra e no Ginásio do Vila Sônia. Em cada núcleo são atendidas 120 crianças, divididas em quatro turmas de 30 (duas no período da manhã e duas no da tarde), que têm aulas de uma hora e meia, duas vezes por semana.

Conforme explica Paula da Silva Ferreira Asbahr, supervisora dos núcleos em Piracicaba, "o basquete é a ferramenta de desenvolvimento humano que o projeto pretende alcançar". Em Piracicaba, o Passe de Mágica conta com a parceria da Prefeitura na cessão dos espaços para as atividades e na disponibilização de transporte para competições.


Secretarias e Outros órgãos

Este site utiliza cookies para melhorar a sua experiência de navegação. Ao continuar navegando, você concorda com nossa política de privacidade.