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Alunos da EE Professor José Romão participaram do Projeto Cururu

Por Comunicação Social / Publicado em 29/10/2021
Tempo de leitura: 5 minutos.

Os alunos das 8ªs séries da Escola Estadual Prof. José Romão participaram, nesta semana, do Projeto Cururu, que tem como objetivo levar a cultura popular às escolas e discutir sobre esse gênero de música tão predominante na cultura piracicabana. A iniciativa é da Secretaria Municipal da Ação Cultural (Semac) em parceria com o Museu da Imagem e do Som de Piracicaba (MISP).

A ação ocorreu em dois momentos. A primeira parte com uma aula teórica, que aconteceu na segunda-feira, 25/10, na própria escola, ministrada pelo professor Maurici Scarpari, com base no livro Cururu em Piracicaba, de Olívio Nazareno Alleoni.

Aula teórica sobre Cururu com o Prof. Maurici Scarpari

A segunda parte ocorreu no dia 27/10, nas dependências do Teatro Erotides de Campos, onde foi apresentado o documentário Cururu Piracicabano, com direção de André Boareto, seguido das apresentações dos cururueiros Toninho da Viola, Mauro Bortoleto e Luis Pedroso, com mediação do locutor Jorjão, da Rádio Nova cidade.

Apresentação dos cururueiros Toninho da Viola, Mauro Bortoleto e Luis Pedroso, com mediação do locutor Jorjão

A maioria dos alunos presentes não conhecia o cururu e, na ocasião, teve a oportunidade de saber mais sobre o assunto. Os cururueiros demonstraram como é que se canta, o que é o repente, como se constrói o verso, o que é a carreira no cururu, o que é um embate poético e, principalmente, contaram algumas histórias envolvendo outros grandes expoentes do gênero, como Nhô Serra, Pedro Chiquito, Parafuso, Zico Moreira, Moacir Siqueira, entre outros.

"Eu gostei muito, principalmente pelas rimas, pelo repentismo, tudo saía muito rápido da cabeça deles, sem mesmo ensaiar antes, pensavam e já cantavam. Eu sempre gostei de rima, eu fazia poesia, e nunca tinha ouvido falar do cururu, agora que conheci achei muito legal", disse a aluna Cassia de Souza Ribeiro, de 14 anos.

Aluna Cassia de Souza Ribeiro, de 14 anos.

O aluno Daniel Machado, de 13 anos, também não conhecia o cururu. "Eu achei perfeito, quero que apresentações como essa estejam disponíveis para todas as pessoas, que possam apreciar essa arte. É impressionante como eles fazem as rimas, um tocando a viola e outro, rapidinho, pensava em alguma coisa e já falava", descreveu.

Aluno Daniel Machado, de 13 anos

Segundo o escritor Olívio Nazareno Alleoni, o cururu é um cantar repentista por meio de um embate poético com duas duplas de cantores, com uma ou duas violas, que cantam alternadamente em forma de versos rimados, usando temas variados. Os versos possuem conteúdo de indiscutível experiência, fruto da leitura, da observação, da imaginação, expressos com seriedade, ironia e até deboche.

"Precisamos levar a cultura popular para todos. O cururu deve ser preservado, e ações como essa fazem com que os jovens conheçam mais desse gênero musical, genuinamente piracicabano", disse o secretário da Ação Cultural, Adolpho Queiroz.

O Projeto Cururu é uma idealização da Secretaria Municipal da Ação Cultural (Semac) em parceria com o Museu da Imagem e do Som de Piracicaba (MISP), sob direção de Pedro Maurano e participação da Escola Estadual Prof. José Romão, com direção de Cilmara Caldaron Salles, vice-direção de Silvana Cardoso, coordenação pedagógica de Marli Ribeiro e supervisão dos professores Cintia Vitti Mazzottti, Felipe Trevilin, Juliano Trevisan, Wagner Fernando Campacci e Juliana Galvão.

Projeto Cururu no teatro Erotides de Campos


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