A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) tem capacidade de fazer 1.900 exames tipo ultra-som por mês. Deste total, 380 pacientes, ou seja, 20% deixam de comparecer no dia do exame. O índice de faltas em exames e consultas vem preocupando a SMS. “Contamos com a colaboração da população em informar quando não poderá comparecer a qualquer tipo de atendimento agendado pela Secretaria”, disse Fernando Cárdenas, secretário de Saúde.

Segundo Cárdenas, a ausência sem justificativa também ocorre na Clínica de Olhos, entre outubro do ano passado e abril deste ano foram agendas 10.712 consultas, sendo que 16% dos pacientes não compareceram, totalizando 1.729. “Se estas pessoas avisassem com antecedência, teria como atender maior número de pessoas que aguardam agendamento, além de aumentar o tempo médio de espera em até dois meses”, disse.

A unidade de saúde com maior índice de faltas é o Centro de Especialidades. De maio do ano passado a abril deste ano foram agendadas 96.653. Deste total, 21%, ou seja, 20.122 pacientes não compareceram ao exame ou consulta agendada. Algumas especialidades médicas o paciente espera até sete dias para ser atendido, como otorrinologia, neurologia adulta e cardiologia. “Aguardar uma semana para passar em consulta médica é, muitas vezes, menor que em convênio ou particular”, disse o secretário.

Sempre que possível, segundo informação do secretário, a unidade de saúde liga para lembrar o paciente a data da consulta, mas muitas vezes ele não tem telefone anotado na ficha, nem para recado. “Falta consciência da população em não avisar previamente que irá faltar. Se ligar com antecedência, dá para fazer o remanejamento do exame ou consulta”, disse Cárdenas. Na tentativa de reduzir as filas, a secretaria de Saúde promove mutirões constantemente em vários serviços de saúde. Como exemplo, o secretário lembra os 200 exames de ultra-som feitos por semana em diversas unidades.

A Prefeitura adquiriu, recentemente, três novos aparelhos de eletrocardiograma. Agora, este exame será oferecido em outras três unidades básicas de saúde (UBS): Caxambu, São Paulo e na zona rural. Anteriormente, somente as UBS do Piracicamirim, Vila Cristina e Santa Teresinha faziam o exame.

Com estes novas aparelhos, deverá aumentar a demanda, que atualmente é de 23 mil eletrocardiogramas por ano, além de melhorar o atendimento e reduzir o tempo de espera já que são seis unidades fazendo o exame. Cádenas lembrou que não há demanda reprimida para o exame. Investimento: R$ 18.400,00.