Promover, orientar e recuperar a saúde, além de prevenir doenças a partir de uma alimentação adequada e equilibrada, são algumas das funções de um nutricionista, profissional que teve o seu dia celebrado nesta segunda-feira, 31 de agosto.

Dentro dessa proposta, cinco nutricionistas da CPAN (Coordenadoria de Programas de Alimentação e Nutrição), ligada à Secretaria Municipal de Saúde, promovem entre os pacientes da Atenção Básica ações com o objetivo de melhorar a qualidade alimentar e nutricional.

Criada há nove anos, a CPAN desenvolve ações para a reeducação alimentar e controle da obesidade em crianças, adolescente e adultos; orientação nutricional a crianças e gestantes do programa Viva Leite; consulta individual e avaliação antropométrica; ações educativas com a realização de palestras em escolas e unidades de saúde; capacitações e orientação nutricional, além da Semana Municipal de Alimentação Saudável, entre outras atividades.

Entre os programas desenvolvido pela CPAN está o “Piracicaba com Saúde: é hora de comer melhor”, realizado em parceria com a Secretaria Municipal de Educação com o objetivo de capacitar e qualificar os profissionais, tanto da área de saúde, quanto da educação, para a promoção da alimentação saudável e prevenção da obesidade infantil no município.

Piracicaba com Saúde: é hora de comer melhor Iniciado em 2010 como projeto-piloto na região Norte do município, englobando 22 escolas e 21 unidades de saúde, a ação teve como foco inicial a promoção da alimentação saudável e prevenção da obesidade infantil na faixa etária de zero a seis anos.

De acordo com a coordenadora do CPAN, Márcia Cardoso, as nutricionistas vão até as escolas e unidades de saúde para promover encontros com os profissionais nos quais são fornecidas orientações e estratégias práticas para a promoção da alimentação saudável e prevenção da obesidade infantil, além de monitorar o perfil nutricional das crianças.

A ação teve continuidade e foi ampliada. O projeto “Piracicaba com Saúde: é hora de comer melhor” já capacitou aproximadamente 1.400 professores da educação infantil, no total de 20 encontros realizados no período de 2014 e 2015. Das 80 escolas municipais de educação infantil, 65 enviaram planos de ação sobre o tema proposto (redução do consumo de alimentos industrializados) para a CPAN.

Em 2014, o estudo realizado pela CPAN foi mais abrangente, incluindo crianças do ensino fundamental. A avaliação foi realizada em 50 escolas municipais, totalizando 5.654 crianças entre zero e onze anos. A amostra revelou excesso de peso em 36,3% das crianças maiores de 5 anos, dado este semelhante ao encontrado no levantamento do realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) entre 2008 e 2009, cuja prevalência de excesso de peso foi de 33,5%.

Ainda segundo o estudo, foi identificado que entre as crianças menores de 5 anos o risco de sobrepeso é mais evidente, ao passo que entre as maiores, a obesidade é o que predomina. Outro dado importante mostrou que o percentual de crianças com excesso de peso é maior entre aquelas que estudam em período parcial, 45,1% contra 29,3% em período integral. O dado pressupõe que a alimentação fora da escola não contribui com hábitos alimentares saudáveis, sendo um fator considerável o maior valor entre as crianças do período parcial.

Márcia ressalta ainda que a educação continuada dos profissionais da educação e da saúde é primordial para o sucesso do programa, uma vez que são profissionais que estão diariamente em contato com as crianças e as famílias. “Suas ações na promoção da alimentação saudável e prevenção da obesidade infantil é que farão a diferença. Ações com os pais e a família completam esse trabalho”, destacou a coordenadora.