Cerca de 450 pessoas devem concluir a capacitação sobre Aleitamento Materno realizada pela Secretaria de Saúde, por meio do Programa Municipal de Aleitamento Materno e Alimentação Complementar Saudável e da Coordenadoria de Programas de Alimentação e Nutrição (CPAN), realizado no salão nobre da Fundação Municipal de Ensino (Fumep). Iniciada na última quarta-feira, 06/03, e com encerramento na próxima quinta-feira, 14/03, a atividade reúne profissionais da saúde da cidade que atuam nas áreas de pediatria, estratégia de saúde da família, rede de atenção primária, e das maternidades e UTI neonatal dos hospitais Santa Casa e dos Fornecedores de Cana (HFC), ambos de Piracicaba.
Para falar de temas como: Introdução ao manejo clínico da lactação; Manejo Clínico do Aleitamento Materno e da Lactação neonatal; Aconselhamento em amamentação; e Aleitamento materno do pré natal a volta ao trabalho e apresentação da alimentação complementar saudável, participa como palestrante o médico pediatra, especialista e aleitamento e professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Marcus Renato de Carvalho.
Para a enfermeira e representante do Programa Municipal de Aleitamento Materno, Denise Helena Fornazari, “esta capacitação é fundamental para promover a disseminação de práticas baseadas em evidências científicas e para fortalecer os cuidados com a saúde materno-infantil no nosso município por maio do apoio, promoção e proteção do aleitamento materno”, disse.
Já o palestrante reforçou que, antes e falar do aleitamento materno, é importante entender o histórico da amamentação no Brasil. “Na época do descobrimento e da invasão portuguesa, lá em 1.500, os indígenas já davam exemplo da importância da amamentação, com muitos registros em cartas de crianças amamentadas até seus seis ou sete anos de vida. Porém, é a partir da entrada da cultura do povo europeu em terras brasileiras que se criaram a função das mães de leite, inicialmente rejeitada pelos povos indígenas, porém, obrigando as escravas negras a exercerem a função. De lá para cá, muito mudou e é preciso quebrar barreiras e encorajar as mães a nutrirem seus bebes e evitar a utilização exagerada das fórmulas que prejudicam o futuro da saúde dos bebês”, apontou Marcus Renato.