A Estação Experimental de Tupi sediou no último sábado, 26/11, das 7h às 11h, o evento As Aves do Horto de Tupi, ação de observação de pássaros, que contou com 30 participantes. O evento integra a agenda do programa Vem Pro Horto, que é idealizado pela Secretaria de Defesa do Meio Ambiente (Sedema), Instituto de Pesquisas Ambientais e Laboratório de Educação e Política Ambiental (OCA/Esalq/USP). Evento As Aves do Horto de Tupi, ação de observação de pássaros, contou com 30 participantes Ao todo, cerca de 50 espécies foram observadas, entre elas, espécies raras, como o gavião-belo e a mariquita, e os migratórios de verão bem-te-vi-rajado e sovi. A lista completa das espécies registradas durante a ação pode ser conferida no https://ebird.org/checklist/S123149102. Para Giovanni Batista Campos, analista ambiental da Sedema e membro do Comitê Gestor do Horto de Tupi, o evento trouxe aos presentes a possibilidade de entender o quanto é necessária a conservação de áreas naturais, como o Horto de Tupi, para preservação de espécies de fauna e flora que em total integração e sintonia tornam o local um hotspot de biodiversidade. “Chama a atenção como em tão pouco tempo foi possível observar essa grande quantidade de espécies de aves no Horto, confirmando a aptidão do espaço como fonte de água, alimento, abrigo e local para construírem seus ninhos”, diz. “A observação de aves está crescendo. As pessoas estão percebendo que há muitas espécies de aves diferentes e os cidadãos piracicabanos são privilegiados, pois o município conta com mais de 350 espécies diferentes de aves”, comenta o biólogo Valdir Felipe, que conduziu a observação. O gavião-belo, uma espécie rara, foi uma das aves observadas no Horto de Tupi (Foto: Kristina Pereira) A escola estadual Pedro de Mello participou da atividade. “Nossa equipe pode agregar conhecimento sobre o tema, que será levado para as salas de aula, desenvolvendo atividades pedagógicas em diversas disciplinas. Agradecemos a parceria que o Horto de Tupi mantém com a nossa escola, sempre nos proporcionando conhecimento técnico, dentro de uma área de preservação ambiental”, destaca a coordenadora de organização escolar, Kelly Corrente. “O evento nos mostrou a diversidade e beleza das aves do Horto e possibilitou também refletir com os participantes da atividade, a importância da preservação das áreas verdes e de estarmos nelas”, ressalta Liliane Cristina Trevisan, bióloga e educadora ambiental pelo Núcleo de Educação Ambiental da Sedema. A mariquita, também considerada rara no Horto de Tupi, também pode ser vista durante a atividade (Foto: Andres Vasquez Noboa) “Ver o Horto pulsando novamente, com diversos grupos de participantes, mostra que a área está cumprindo seu papel relacionado ao uso público. Estas atividades podem ser ligadas à recreação, educação, religiosidade, ciência. São valores importantes para uma área pública natural. Foi muito bom ver isso tudo acontecendo”, complementa Teresa Cristina Magro Lindenkamp, professora de Gestão de Unidades de Conservação, do curso de Engenharia Florestal da Esalq.